Fazem 34 anos que ele não está mais entre nós. Oficial do Exército Brasileiro, politico, estadista e lider escoteiro, Janary Gentil Nunes foi o primeiro e o que governou por mais tempo o Amapá (quase 12 anos). No seu governo, a construção do Amapá. Nasceu em Alenquer (Pará) em 1º de junho de 1912 e faleceu no Rio de Janeiro em 15 de outubro de 1984. Casou em primeiro matrimônio com Iracema Carvão Nunes (falecida) e em segundo matrimônio com a irmã de Iracema, Alice Déa Carvão Nunes. Sua vida é cheia de trabalhos prestados ao país. Em 1930, com 18 anos, entra para a Escola Militar do Realengo, no Rio, após concluir o curso secundário em Belém. De
Em 29 de dezembro de 1934 é
declarado aspirante a oficial. Mais tarde é promovido a Segundo Tenente,
Capitão e Major, servindo no 26º BC em Belém, no Destacamento. Em 1938 ele está
no comando do Pelotão de Fuzileiros de Oiapoque, e em seguida no 15º BC em
Florianópolis (SC), e na 1ª Companhia Independente de Metralhadoras, no Rio. Em
1938 conclui um curso no Centro de Transmissão da 5ª Região Militar, em
Curitiba (Paraná), ficando como primeiro colocado. Em 1942 também tira em 1º
lugar no Curso Regional de Aperfeiçoamento de Oficiais da 8ª Região Militar em
Belém (Pará). Nos 13 anos de vida militar, ocupou várias funções de relevo. Foi
diretor-técnico da Fedeeração dos Escoteiros do Paraná e Santa Catarina,
promovendo a expansão da entidade em todo o país.
Em
1939 assume a secretaria da Comissão Interministerial, formada pelos
ministérios do Exército, Marinha, Jutiça e Educação, responsável pela
elaboração do Decreto-Lei nº 43.545, de julho de 1940, que regulamenta o uso, a
feitura e o culto dos simbolos nacionais. Durante a Segunda Guerra Mundial, precisamente
no período de 1942 a
1943, assume a Primeira Companhia Independente de Metralhadoras Anti-Aéreas,
incumbida de defender a Base Aérea de Belém (Pará).
Em
27 de dezembro de 1943 é nomeado, pelo presidente Getúlio Vargas, governador do
Território Federal do Amapá, aos 31 anos. Em 25 de janeiro de 1944, após
receber das mãos do governador do Pará todos os bens patrimoniais existentes na
região, toma posse como o primeiro governador da história do Território do
Amapá.
Em
seu governo construiu escolas e postos de saúde nos municípios, mandou edificar
casas para diretores e funcionários, construiu grupos escolares, entre eles o
Barão do Rio Branco (situado na praça do mesmo nome); o Ginásio de Macapá (hoje
Escola Integrada de Macapá), Escola Doméstica (Hoje Escola Estadual Santina
Riolli), o Instituto de Educação do Amapá (IETA), o Hospital Geral de Macapá (a
primeira unidade de saúde da capital). Também durante seu governo são
implantadas a agricultura e a pecuária, criando-se pólos de produção como a Colônia
Agrícola do Martapi e o posto agropecuário da Fazendinha. Deu-se início ao
ordenamento urbanístico de Macapá, construindo-se conjuntos residenciais. Foi
no seu governo que foi conseguida a aprovação do projeto de construção da Usina
Hidrelétrica Coaracy Nunes e a exploração do manganês pela Icomi.
Outra
ação meritória foi a retomada das obras de construção da BR-156 entre Macapá e
Oiapoque. Iniciou-se a implantação da Companhia de Eletricidade do Amapá e da
Companhia de Água e Esgotos. Em 23 de abril de 1945, por sua ação direta, foi
criado o município de Oiapoque. Em
1947 consegue eleger seu irmão Coaracy Nunes deputado federal, pelo PSB. No
período de setembro a outubro de 1954, foi substituído por Theodoro Arthou,
voltando em 1955, e permanecendo até 1956.
De 1956 a 1959, exerceu a
presidência da Petrobrás, colaborando no Plano de Desenvolvimento e Ampliação
da empresa, no período de governo de Juscelino Kubitschek. Em 1960 é nomeado embaixador plenipotenciário
e extraordinário do Brasil na Turquia. Com a exportação do manganês iniciada em
seu governo, o Amapá passou a contribuir para a balança de pagamento com
aproximadamente US$ 36 milhões, em 1957, e com US$ 30 milhões em 1958. A população do Amapá
cresceu de 21 mil para 55 mil habitantes. Macapá que, em 1943 era a 49ª cidade
da Amazônia, passa para a quarta cidade em 1955. Cresce de 1.082 habitantes
para mais de 20 mil.
Como presidente da
Petrobrás, investe no aumento da produção petrolífera, elevando-a de 6.800 para
62 mil barris. As reservas recuperáveis também cresceram, passando de 255 para
480 milhões. Em 1958 deixa a Petrobrás e, após disputar as eleições
parlamentares, é eleito deputado federal. Em 1962 se reelege pelo PDC.
Perseguido pelo então governador Luiz Mendes da Silva, que tentou a cassação de
seu mandato, não conseguindo. Para enfrentar Luiz Mendes, que lançou o cabo
Alfredo Oliveira, pela Arena 1, para o substituir no Parlamento, Janary derrota
o candidato do governador, se reelegendo deputado federal, pela Arena 2. A primeira
derrota aconteceu em 1970, quando é vencido pelo deputado Antonio Pontes, do
PMDB. Com esta derrota, encerra-se de vez o Janarismo no Amapá. Janary teve papel destacado nas
relações do Brasil com outros paises, como embaixador do Brasil.
Mandatos como deputado
federal: 1963 a 1966 e 1967 a 1970.
Obras: 1939 – Bandeira
do Brasil; 1959 – Defesa dos Programas da Petrobrás; 1959 – A
Verdade sobre o Manganês do Amapá.
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