quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

STEPHAN HOUAT, EMPRESÁRIO E POLÍTICO



Memória
STEPHAN HOUAT (1923-1990)

Se estivesse vivo, completaria hoje (5 de dezembro), 95 anos. Empresário, desportista e politico libanês naturalizado brasileiro, STEPHAN HOUAT nasceu em Batroun (Libano) em 5 de dezembro de 1923, e faleceu em São Paulo, em 19 de outubro de 1990. Não tenho dados sobre a data de falecimento. Filho de Jorge Houat e Fontine Dagher. Fez o curso ginasial na Escola de Belas Artes em Beirute, capital do Libano, formando-se em Técnico em Mecânica. Com a ocupação do Líbano pelas tropas inglesas e por franceses em 1941, a juventude começou a reagir contra as reformas tendenciosas que os dominadores queriam implantar. Os libaneses que não queriam lutar, começaram a  emigrar, entre os quais os seu pai, que veio para o Brasil em 1942, se estabelecendo em Belém-PA. Stephan decidiu vir para o Brasil em 1947, chegando ao Rio de Janeiro em companhia de seu irmão Abdallah Houat no dia 23 de junho; prosseguindo viagem para Belém, assumiu a gerência do comércio de seu pai e inaugurou uma casa de comércio em sociedade com seu irmão em 1948, no mercado de São Brás, aí permanecendo três anos.

Chegou ao Amapá em 17 de maio de 1949, junto com seu irmão Abdallah Houat, e começaram um pequeno comércio numa anca na Doca da Fortaleza e, depois, numa loja pequenina, construída em madeira e coberta de cavacos, no local onde, depois, foi a Loja Beiruth n’America, na qual exibia tecidos de lindas padronagens. Começou então a odisseia da Associação Comercial e Industrial do Amapá, que ajudou a fundar, assumindo diversos cargos, inclusive o de presidente. Participou da criação do Clube de Diretores Lojistas  e liderava, com seu irmão, os libaneses que passaram a vir para o Amapá.

Desportista, torcedor do Trem Desportivo Clube, assume cargos de diretor de esportes, diretor social e presidente, bem como apoiou as diretorias na construção da sede social e na formação de uma equipe de futebol para competir em igualdade de condições com o Amapá Clube, Esporte Clube Macapá e Sociedade Esportiva e Recreativa São José; passando a se dedicar no bairro do Trem para onde foi morar e era muito querido. Foi escolhido pelos clubes para o cargo de presidente das federações amapaenses de Deportos, Natação e Futebol de Salão.  Presidiu diversas delegações que viajaram para Belém, Rio Branco e Salvador. Foi diretor do Colégio de Árbitros. Mesmo sendo torcedor do Trem, era sócio de todos os outros clubes e justificava que era uma colaboração, um incentivo geral para o esporte amapaense. Foi fundador do Aero Clube de Macapá.

Foi um colaborador permanente dos padres da Igreja de Nossa Senhora da Conceição; participou da colocação da pedra fundamental da sede dos escoteiros do mar Marcilio Dias, chefiada pelo professor Dário Jessé.

Em 1953 viajou para o Líbano para casar com a jovem Jacqueline El Achi (27 de setembro), retornando em novembro do mesmo ano, quando a apresentou à sociedade amapaense. Eles tiveram os filhos Kátia Mara, Jorge, Fadia Luzia, Jussara Keila e José Emilio.

Sua vida politica começa em novembro de 1969, quando, já naturalizado brasileiro, é eleito vereador de Macapá, diplomado em 2 de janeiro de 1970, para o periodo de 1970 a 1973.

Em 1975 se transfere para Belém, onde fundou uma empresa de compensados e material de construção, denominada Paramapá, e passou a dedicar sua vida esportiva ao Paisandu Esporte Clube, tornando-se sócio e torcedor, sendo eleito Presidente do alvi-azul onde teve uma atuação merecedora de elogios. Teve uma vida social  no clube Monte Líbano do qual foi também presidente. Faleceu aos 66 anos, ao lado dos amigos, em SP, quando sofreu um infarto fulminante.

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