terça-feira, 23 de janeiro de 2018

PRAÇA FLORIANO PEIXOTO, EM MACAPÁ



Como parte da orla de Macapá, a Praça Floriano Peixoto foi, originariamente, parte de uma grande ressaca, que perdurou até 1981, quando o local, que antes funcionava como uma espécie de lixeira pública, foi aterrado por ordem do governador do então Território do Amapá, Annibal Barcellos, com aproveitamento de dois lagos, inaugurado em 1982.

A partir de então, a praça, considerada uma das mais bonitas do Norte do Brasil, passou a ser o “point” da moçada, dividindo-o com a tradicional Praça da Bandeira. Um empresário construiu, ali, um hotel, e parte dos hóspedes ocasionais, que vinham à capital do Amapá para encontros de trabalho, passaram a se hospedar ali, experimentando os atrativos naturais que oferecia a praça.



Na lagoa menor foram disponibilizadas plantas aquáticas e uma canoa, para proporcionar passeios aos visitantes e moradores, principalmente crianças e adolescentes. O mesmo público, também, desfrutava de passeios de pedalinos, postados na lagoa maior, que não tinha mais de 1 metro de fundura. Na parte lateral do logradouro foi construída uma edificação para oferecer serviços de restaurantes, de maneira que a criançada e adolescentes brincavam nos pedalinos e canoas, e os adultos tomavam uma cerveja ou refrigerante, como forma de passar um bom final de semana.

Com o tempo, e por causa do pouco trato que os moradores da praça davam ao local, e por falta de uma iluminação maior, o local passou a ser foco de viciados em drogas, ao ponto de ficar  por mais de 10 anos abandonado.




Uma revitalização, proporcionada pela Prefeitura de Macapá e Governo do Estado, em 2008, devolveu o glamour que a praça tinha, com novas formas de iluminação, e a disposição, novamente, de pedalinos, mas o local já não era mais o mesmo, porque a população jovem passou a adotar, definitivamente, a orla da cidade, do Perpétuo Socorro até o Santa Inês, com extensão ao Araxá, para seus passeios, namoros, e relax.



MAZAGÃO, 248 ANOS - A história



O município de Mazagão foi criado em 28 de novembro de 1890, pela Lei Estadual (do Pará)  nº 226. Mas a vila de Mazagão existia desde 23 de janeiro de 1770, atualmente denominada de Mazagão Velho

Área: 13.131 Km2. Altitude da sede: 9.,49m.
Limites: Santana, Porto Grande, Amapari, Laranjal e Vitória do Jarí.
Distância para a capital: 31 km.

População: Censo 2010: 16.923 habitantes; Estimativa 2006: 13.913 habitantes; Censo 2000: 11.986 habitantes.

Divisão política:
Distritos: Mazagão, Carvão e Mazagão Velho.
Comunidades: Ajudante e  Carvão,

Atrações Turísticas: o povo de Mazagão é bastante católico e mantém como tradição cultural a realização da Festa de São Tiago, que ocorre de 16 a 27 de julho, onde são encenadas as batalhas que relembram a luta entre mouros e cristãos. A festa tem esse nome pelo fato de nela haver se destacado um jovem cavaleiro lendário de nome Tiago, que teria ajudado aos cristãos a derrotar os mouros.

Os rios do município de Mazagão possuem aproximadamente 17 cachoeiras. O principal é o rio Maracá.

Eventos culturais:
Comemora-se no dia 13 de janeiro o aniversário da cidade. Na segunda quinzena de julho comemora-se o Festival da mandioca. No mês de agosto, há os festejos em homenagem à padroeira da cidade: Nossa Senhora da Assunção. Há ainda o “festival da laranja” no mês de agosto e o “festival do abacaxi” na primeira semana do mês de setembro.

A cidade de Mazagão liga-se à Macapá por via fluvial e rodoviária.


A MAZAGÃO AFRICANA



 Situada ao Norte da África, na área geográfica em que onde estão localizados os reinos do Marrocos e Maritânia, havia uma querela entre os portugueses, cristãos e árabes muçulmanos.

A história destes dois países do continente africano remonta à histórica Antiga. O Marrocos, na Antigüidade, era parte do império cartaginês. Após a conquista romana, transformou-se na Província da Mauritânia. Mais tarde foi vítima de invasões sucessivas, até sua conquista pela Arábia no ano de 638. Marrocos tornou-se independente em 788.

No século XV, portugueses e espanhóis chegaram aos portos marroquinos e promoveram o comércio entre estes povos e os europeus, o que culminou com a conquista lusitana da área geográfica desses países africanos.

A estrutura social da Mazagão africana, já nos séculos XVII e XVIII refletia um número elevado de moradores da casa real; grande soma de cavaleiros fidalgos e da ordem de Cristo; pequeno número de elementos do terceiro estado; escassa presença dos fronteiriços; poder de compra ínfimo e baixo nível populacional. Por causa da falta de distribuição igualitária de rendimentos, a população vivia na dependência sócio-econômica quase exclusiva do rei.

No século XVI, em 1529, foi instalado em Marrocos um novo poder árabe denominado de Xerife, o qual atacou o reino de Fêz, também de denominação muçulmana, acusado de pactuar com os católicos, trazendo prejuízos à causa islâmica. A luta religiosa já se fazia sentir entre as duas religiões. Nas ruas de Fêz, a frase mais pronunciada pelos seguidores de Maomé era: “guerra aos cristãos”.

O rei D. João III, rei de Portugal, a partir de 1521, procurando enfrentar o espírito guerreiro-religioso dos habitantes do norte da África, decidiu, em 12 de fevereiro de 1549, construir em Alcácer-Quibir um forte para a defesa da cidade, pois as praças lusitanas já corriam risco, entre elas a de Mazagão.

Foi nessa “Guerra Santa” entre cristãos e mouros na região marroquina – Mauritânia, que muitos portugueses perderam suas vidas (dentre eles o jovem Rei D. Sebastião) e outros ficaram feridos (como o soldado e mais tarde, o mais famoso poeta da literatura universal, Luiz Vaz de Camões, que sofreu profundo ferimento no olho direito).

A batalha lusitana continuava ao Norte da África, durante o século XVI. Em 1562, quando os mouros entraram em Mazagão com 150 mil soldados, a praça foi defendida até por mulheres com crianças ao colo, fazendo com que as poucas centenas de portugueses conseguissem rechaçar os terríveis mouros. Ao final da batalha, mais de 25 mil soldados mouros estavam mortos, enquanto que do lado dos portugueses não chegaram a 150 e apenas 270 ficaram feridos. Mesmo assim, com exceção de Tanger, Ceuta e Mazagão, os mouros dominaram quase todo o norte da África.

Foi por causa dessas lutas e dependência econômica que o marquês de Pombal, ministro do rei Dom José I, resolveu desativar a Mazagão africana. Este acontecimento pôs fim à “Guerra Santa” naquela região. Nesse sentido foi criada a Mazagão Amazônica para abrigar 136 das 340 famílias portuguesas residentes na África, acompanhadas de 103 escravos, que se transformaram nos primeiros agricultores da região.


A MAZAGÃO AMAZÔNICA



Desativada a cidade de Mazagão na África pela carta régia de 10 de março de 1769, decretada pelo rei D. José I, o Marquês de Pombal toma as providências necessárias para transferir as 340 famílias portuguesas sediadas no último reduto lusitano.

Em janeiro de 1770, desembarcaram na capital paraense três navios: São Francisco, São Joaquim e Santana trazendo um total de 1022 pessoas, que fugiam do castelo da Mazagão Africana em conseqüência da “Guerra Santa” travada entre católicos e muçulmanos ao Norte da África.

Quando deixaram a região marroquina – Mauritânia, os mazaganistas – assim chamados na desativada Mazagão – retiraram seus objetos de valor e atearam fogo nas minas, destruindo-as completamente. Mas assim mesmo, por ordem do rei, os mouros ocuparam-nas. Foi sem dúvida, nessa região setentrional africana, que se teve a exata dimensão do espírito ambicioso dos portugueses, iniciado nos embates contra os seguidores do islamismo e sacramentado nas célebres batalhas entre cristãos e mouros.

Belém recebe com entusiasmo os bravos mazaganenses africanos, os hospeda até junho de 1771. Nesse ínterim, o governador do Grão-Pará e Maranhão, Ataíde Teive, já estava providenciando a construção da nova Mazagão em plena região amazônica, ou seja, do atual Município de Mazagão. Esta ordem foi dada no mês de janeiro de 1770. A construção teve início em 23 de janeiro de 1770, pelo oficial português, capitão Inácio de Castro Sarmento, que traçou a planta da futura Vila e foi encarregado de administrar as obras. A Vila estava sendo levantada à margem esquerda do rio Mutuacá. As casas que abrigariam as famílias lusitanas foram construídas de taipa e cobertas com palha. Das 340 famílias mazaganistas, 136 foram transferidas para a Mazagão amazônica em 1771. Outras ficaram nas regiões de Belém, na vila vistosa de Madre de Deus e algumas em Macapá, compostas na sua maioria por oficiais.

Em 14 de maio de 1833, Mazagão Velho perde sua categoria de vila e até mesmo seu nome de origem, passando a denominar-se Regeneração, ficando sua jurisdição administrativa subordinada ao município de Macapá. Esta situação vigorou por 8 anos. Somente em 30 de abril de 1841, através da lei provincial do Pará nº 88, Mazagão Velho é restaurada, tanto com relação à autonomia administrativa, quanto em sua denominação. Pela lei provincial nº 87 da mesma data, Mazagão volta a funcionar como Comarca, sendo-lhe, portanto, restituído o poder. Em 16 de fevereiro de 1842, em sessão solene, tomam posse os membros da Primeira Comarca.

Em 9 de março de 1916, pela Lei Estadual nº 1711, a sede do município de Mazagão passa a se chamar Mazaganópolis, perdendo a categoria de sede da Comarca, passando a constituir-se no 2º Distrito Judiciário da Comarca de Macapá.

Em 23 de janeiro de 2006, o embaixador de Portugal e o Adido Cultural do Marrocos participam de cerimônia em homenagem aos primeiros colonos de Mazagão, que vieram do Marrocos.


A ATUAL MAZAGÃO



A antiga cidade da Mazagão Amazônica, apesar do grande prestígio que gozou no início de sua povoação, não logrou o mesmo êxito, principalmente a partir dos últimos anos do século passado, tendo até mesmo sido rebaixada à antiga categoria de povoado.

O governo do Estado do Pará, após analisar relatórios que constantemente lhe eram enviados descrevendo a situação política, econômica e social de Mazagão Velho, resolveu, por volta de 1915, autorizar que fosse esse burgo incorporado ao de Macapá. Os mazaganistas acharam a medida arbitrária, pois traria inúmeros prejuízos a sua cultura. Por outro lado, queriam continuar politicamente autônomos. As autoridades decidiram então, que se deveria escolher um novo local para a instalação da sede do Município. A escolha recaiu sobre uma área que fica ao Norte da antiga Mazagão Velho, mais próxima da cidade de Macapá, entre o rio Vila Nova e o braço esquerdo do Amazonas.

Ergueram-se as primeiras casas na nova localidade e para lá se transferiram algumas famílias, indignadas com o fato da vila haver perdido status de cidade. O que se deu através da lei estadual do Pará – nº 46.

 Foi criada, então, a nova cidade de Mazagão, cuja instalação se deu no dia 15 de novembro de 1915. Para evitar equívocos em relação à primeira, a cidade recebeu o nome de Mazagão Novo ou Mazaganópolis, onde funciona atualmente a sede desse Município do Estado do Amapá.



segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

GLICÉRIO MARQUES, O ESTÁDIO VOVÔ DE MACAPÁ


O Estádio Municipal Glicério Marques foi inaugurado em 15 de janeiro de 1950,  com um combinado entre as seleções do Amapá e Pará, sob a direção do árbitro carioca Alberto da Gama Malcher. Há quem conteste a data, afirmando que foi no dia 14. Pertencente à Prefeitura de Macapá, a praça de esportes foi inicialmente chamado de Estádio Municipal de Macapá, mas o nome foi mudado para homenagear o primeiro presidente da Federação de Desportos do Amapá, Glicério de Souza Marques. A capacidade atual do estádio é de 5.630 pessoas.



O primeiro jogo no estádio aconteceu na inauguração, quando a Seleção do Amapá enfrentou a Seleção do Pará e perdeu por 1 a 0, com gol de Norman.  O Glicerão foi construído em tempo recorde, após a confirmação do Amapá no XX Campeonato Brasileiro de Futebol de Seleções. Antes desta data as partidas ocorriam na Praça da Matriz, onde está hoje o Teatro das Bacabeira, o que inviabilizava a realização de amistosos com times de outros estados, pois esses se negavam a jogar em campos sem as medidas oficiais e sem um estádio cercado.

É um dos mais antigos do país, sendo mais velho que o próprio Maracanã, que embora construído também em 1950, só começou a funcionar a partir do dia 16 de julho daquele mesmo ano (5 meses depois do Glicerão), por ocasião da Copa do Mundo. E tem também o Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte, que começou a ser construído em 1940 e só foi inaugurado 25 anos depois, em 5 de setembro de 1965.


Mas o Glicério Marques não é o estádio mais antigo do Brasil em funcionamento. Este título vai para o Estádio de Laranjeiras (do Fluminense), anteriormente chamado Estádio Álvaro Chaves, cuja construção iniciou em 17 de outubro de 1902 e inaugurado oficialmente em 1919.


sábado, 13 de janeiro de 2018

BINGA UCHOA, UM DOS PRIMEIROS POLITICOS DE OPOSIÇÃO NO AMAPÁ



            Empresário e politico, BENEDITO DA COSTA UCHIS (Binga Uchoa) nasceu em 13 de janeiro de 1910, em Anajás´-PA. Fez o curso primário  ao mesmo tempo em que trabalhava no comércio de seu pai. Chegou em Macapá em maio de 1946, trazendo a família, e instalou uma empresa de comércio de material de construção e ferragens. Ingressa na Assembléia de Deus.

            Casou com Luiza de Andrade Uchoa, nascendo os filhos Alberto, Abraam, Dina, Sara, Ester, Paulo, Benedito, Isaac e João. Na políica, ingressa no Partido Trabalhista Brasileiro – PTB – ajudando a criar o Diretório Regional no Amapá. Conquistou amizades do presidente Getúlio Vargas e de outros políticos ilustres como João Goulart, Persival Barroso e Ulisses Guimarães. Liderou a Oposição no então Território Federal do Amapá da qual fazem parte  Amaury Farias, Armando Lima, Claudomiro de Morais, Duca Serra,  Elfredo Távora, Francisco Laranjeira, Joca Furtado, Mário Ramos, Zeca Serra,  além de outros membros importantes das famílias de Macapá.

            Após a extinção do PTB e os demais partidos de oposição, filiou-se ao MDB  de Ulisses Guimarães, que posteriormente se transformou em PMDB, assumindo a presidência do Diretório Regional. Anos depois funda o PDC – Partido Democrata Cristão, e assume a presidência do diretório regional do
Amapá. Eleito Vereador de Macapá em 1978, tem uma atuação destacada na oposição.


            Aos 84 anos, em 1994, sofre um acidente que o tornou paraplégico, vindo a falecer no mesmo ano. 

RISALVA AMARAL, EDUCADORA DE GERAÇÕES



            A professora RISALVA FREITAS DO AMARAL nasceu em 5 de abril de 1920,na cidade de São Benedito (Ceará), e faleceu em Macapá, em 13 de janeiro de 2010. Filha de Floro Rodrigues de Freitas e Odilha Aragão de Freitas. Iniciou seus estudos no Colégio das Irmãs Dorotéias e em 1934 foi transferida para a Escola Normal Justiniano de Serpa, depois Instituto de Educação do Ceará, formando-se em Normalista em 14 de dezembro de 1940, dedicando ao magistério toda sua vida.

Em 28 de fevereiro de 1953 chega a Macapá, acompanhando o marido, tenente Amaral, destacado pela Aeronáutica para coordenar a construção do campo de pouso do município de Amapá, onde iniciou sua vida no magistério. Em seguida, transfere-se para o Oiapoque, depois para Macapá, onde atuou na Educação durante 30 anos, sendo 28 na sala de aula e dois coordenando assuntos culturais.

            Em Macapá, as escolas onde lecionou foram: Alexandre Vaz Tavares, Escola Doméstica (hoje Santina Riolli, antes Ginásio Feminino de Macapá); Colégio Comercial do Amapá (hoje Escola Gabriel Café), Colégio Amapaense (por quase 10 anos), e Coaracy Nunes, aposentando-se em 1982, após trabalhar, por dois anos, com a professora Maria Inerine Pereira, no antigo Departamento de Ação Complementar da Secretaria de Estado da Educação. Em 24 de abril de 2008,  lançou sua obra “Retalhos de uma Vida”, de poesia e prosa.




IRMÃ SANTINA RIOLLI: COMPAIXÃO, SABEDORIA E EDUCAÇÃO JUNTAS



Religiosa italiana, SANTINA RIOLLI nasceu em Milão em 17 de agosto de 1914 e faleceu em Belém (Pará), em 13 de janeiro de 1976. Filha de familia humilde, estudou em escolas públicas da Itália, formando-se em professora em 1932, e no ano seguinte ingressa no Instituto das Irmãs de Caridade das Santas Bartoloméa Capitânio e Vicença Gerosa, recebendo votos perpétuos em 1936. Chega ao Brasil em 1947, iniciando atividade religiosa em São Paulo até 1950, quando, a convite do padre Aristides Piróvano, transfere-se para Macapá para trabalhar na recém-criada Escola Doméstica de Macapá (antes Ginasio Feminino, atualmente Escola Estadual Santina Riolli).

            Em 1959 é destacada para trabalhar na Escola Nossa Senhora de Fátima, no bairro da CEA, onde existiam os barracões da ICOMI, assumindo o cargo de diretora do estabelecimento escolar. No ano seguinte viaja para Belém, assumindo o cargo de superiora da Congregação, com a missão de abrigar os filhos sadios de pais tuberculosos. Através de doações adquiriu um antigo casarão onde se abrigou com suas crianças.

            Em 1966 retorna a Macapá e trabalha no Hospital Geral, recebida com muito carinho por suas ex-alunas. Em 1977 viaja para a Itália em férias e, no retorno, em Belém, insiste em ficar no Preventório Santa Terezinha. Em 12 de janeiro de 1976, ao descer de um veículo, cai e sofre uma fratura na brase do crânio. Dois anos depois de convalescência vem a falecer em 13 de janeiro de 1978.

            A Escola onde ela ajudou a educar gerações, em reconhecimento de seu trabalho, tem seu nome como patriona, denominando-se de Escola Estadual Irmã Santina Riolli.






sexta-feira, 12 de janeiro de 2018

UHE COARACY NUNES - PEQUENO HISTÓRICO



Inaugurada oficialmente em 13 de janeiro de 1976, pelo Presidente da República à época, Ernesto Geisel, dois anos após a criação da Eletronorte, a história da Hidrelétrica do Paredão conta, na verdade, com mais de seis décadas de desafios e trabalhos árduos de desbravadores que abriram caminhos para pesquisas, projetos, construção civil, engenharia, operação, manutenção, inovação tecnológica, até chegar a ser um dos monumentos mais importantes da região central do Amapá.

A Usina Hidrelétrica Coaracy Nunes é uma central hidroelétrica localizada no estado do Amapá, Brasil, cerca de 15 km distante de Ferreira Gomes e a 150 km de Macapá. Sua potência total é de 78 MW. Esta usina hidrelétrica utiliza o potencial hídrico do rio Araguari, e vem gerando energia para o estado desde 1975. Os primeiros estudos direcionados para a construção de uma Usina Hidrelétrica no Rio Araguari, datam da década de 1950, porém, somente ao fim da década de 1960, estudos detalhados de projeto permitiram a viabilização da implantação da usina.

            Em 27 de dezembro de 1967 foi aprovado o relatório de ensaio de modelo em escala reduzida, com testes pontuais, sem levantamento de curva de colina. Tal estudo permitiu a aquisição inicial de duas turbinas Kaplan de eixo vertical de 20 MW cada, para queda de 23 m.

            A ELETRONORTE S/A assumiu oficialmente as responsabilidades da usina desde a fase inicial de construção no início da década de 1970, concluindo as obras em 1975 que abrangeram os sistemas de geração e transmissão. Neste mesmo ano, as duas unidades geradoras foram colocadas em operação comercial. Prevendo o crescimento da demanda e considerando a hidrologia do Rio Araguari, foi deixado pronto um bloco de concreto de primeiro estágio com as mesmas dimensões dos blocos das unidades em operação, para que, no futuro, fosse instalada mais uma unidade geradora. Desde 1975, esta unidade opera em conjunto com o parque térmico de Macapá, passando a ser um sistema hidrotérmico isolado.

            A expansão crescente e contínua do consumo de energia elétrica no estado do Amapá, da ordem de 10,5 % ao ano, levou a ELETRONORTE S/A a assinar um contrato para o fornecimento de terceira unidade hidrogeradora dotada de turbina Kaplan, entrando em funcionamento em abril de 2000.


61 ANOS DA PRIMEIRA EXPORTAÇÃO DE MANGANÊS DO PORTO DE SANTANA



A Industria e Comércio de Minérios (AS) foi constituída em 1946, para exploração do minério de manganês de Serra do Navio. Em 26 de abril de 1946 o Governo do Amapá (Território Federal do Amapá) por autorização do Governo Federal, assina contrato com a empresa The Hanna Exploration Company, para exploração de minérios de ferro. 

Em  04 de dezembro de 1947, pelo decreto nº 24.156, o Governo Federal autoriza o Governo do Amapá a contratar a Icomi, Industria e Comércio de minérios, a explorar as jazidas de manganês de Serra do Navio.

        


BREVE HISTÓRICO

11 de maio de 1955. O cargueiro Momacuren deixa o porto de Santana. Ele trouxe de Nova Iorque para o Amapá, com destino à Icomi, 1,43 toneladas de trilho para a construção da Estrada de Ferro do Amapá.

            12 de maio de 1955. Chega ao porto de Santana, o navio L'loyde Venezuelano, com material destinado à construção da Estrada de Ferro do Amapá.

            05 de janeiro de 1957. É inaugurado o Porto de Santana, construído pela Icomi, com a presença do presidente da República Juscelino Kubitschek e do presidente da Icomi, seu amigo particular, Augusto Trajano de Azevedo Antunes. O evento mereceu uma página do jornal A Provincia do Pará, escrita pelo jornalista Linomar Baía.

            12 de janeiro de 1957. É iniciada  a exportação do manganês em Santana pela Icomi, Indústria e Comércio de Minérios S/A, através do porto de Santana.

            28 de maio de 1958. Chegam ao Porto de Santana materiais de composição da Estrada de Ferro do Amapá (50 vagões) na presença do governador Pauxy Nunes.

            17 de março de 1961. O juiz de Direito Jarbas Amorim Cavalcante escreve ao presidente da República posicionando-se contra a assinatura do contrato do manganês pelo Governo do Amapá com a Icomi, para exploração do minério de manganês em Serra do Navio.

            02 de janeiro de 1966. a Icomi, Indústrai e Comércio de Minérios, exportou até esta data, cerca de 6,69 milhões de toneladas de manganês, equivalentes à importância de CR$ 6,66 milhões (câmbio da época), em royalties, destinados às obras da Hidrelétrica do Paredão.

            13 de janeiro de 1967. Os royalties da exportação do manganês tornaram possível a construção da Unidade Hidrelétrica Coaracy Nunes, no rio Araguari, inaugurada nesta data.

            26 de dezembro de 1969. O Conselho Deliberativo da Sudam aprova projeto de construção de uma Usina de Pelotização do manganês, da Icomi.

            03 de julho de 1997. A Prefeitura de Santana solicita à Icomi informações sobre a viabilidade desta empresa de conceder rejeitos de manganês na quantidade de 4.006 metros cúbicos, para utilizar em asfaltamentos de vias públicas. O ofício é o de nº 076/97 Semosp PMS.

            14 de julho de 1997. A Icomi, em resposta ao ofício da Prefeitura de Santana de 3 de julho de 1997, solicitando aquisição de rejeito de manganês para utilizar em asfaltamen6to de vias públicas, informa que está com o material à disposição ao preço de R$ 15,k00 por metro cúbico. (Carta CRDGL 007/97).

            18 de dezembro de 1997. Robério Aleixo Nobre encaminha denúncia à Sema, de que a Prefeitura de Santana está aterrando ressacas com rejeitos de manganês. Nesse período, a Sema também recebe denúncia anônima de que estudos contratados pela Icomi detectaram contaminação, por arsênio, em lençóis freáticos da área industrial de Santana.

            29 de dezembro de 1997. A Sema notifica a Icomi para comparecer na secretaria no dia 30, para tratar de assuntos relacionados a doações de manganês e renovação de sua licença de operação. Nessa notificação, a Semaproibe as doações de manganês pela empresa, para aterramento de ruas de Santana.

            30 de dezembro de 1997. A Icomi comparece à audiência e é orientada a não usar os rejeitos de manganês. É solicitada ao secretário de Meio Ambiente análise de solos e águas em local onde foi colocado rejeito de manganês, para avaliação do estado sanitário.


20 de janeiro de 1998. A Sema exige da Icomi, no prazo de 30 dias, exames de características físico-químicas, interação com o meio ambiente, riscos e problemas à saúde nas quantidades existentes e doadas , do manganês depositado em Santana. (Oficio nº 021/GAB/Sema).

            20 de fevereiro de 1998. Em solicitação ao ofício nº 021, da Sema, a Icomi envia um relatório parcial elaborado pela Jakko Poyre Engenharia, como uma primeira tentativa de atender a exigência da Sema, de 20.01.1998.

            30 de março de 1998. A Icomi envia à Sema, através de carta, um aditamento ao relatório parcial chamado Estudo 12940-EJPE-1800, que acusa ter recebido, no dia 25 de março de 1988. Nessa carta, a Icomi admite a necessidade de manter sustada a doação do material à Prefeitura de Santana, pois a destinação dada foi diferente da solicitada, e que já existem elementos que indicam a pertinência desta decisão.

            20 de maio de 1998. A Icomi envia à Sema uma longa carta relatando resumidamente diversos aspectos inerentes à àrea industrial de Santana. Nessa carta, a Icomi relata a instalação, na década de 70, de uma usina pioneira na produção de pelotas de manganês, desativada após 10 anos de operação, e que também instalou na área industrial um forno elétrico para produção de ferro-ligas e uma unidade de sinterização. Ainda nesta carta a Icomi informa como se deu o processo de desapropriação privada esta área industrial-portuária e da sua venda à Champion, compradora da Amcel, ocorrida no dia 20 de novembro de 1996. Relata que, apesar da venda, a Icomi ficou como comodatária por um tempo de 5 anos, para atingir vários objetivos contratuais. O terceiro desses objetivos seria o de realizar uma auditoria ambiental para determinar o grau de contaminação de solo e lençol freático e a solução´ao dos possíveis problemas.

            Para realizar a auditoria ambiental a Icomi contratou a Jaakko Poyry Engenharia Ltda, que trabalhou durante oano de 1997 e primeiro quadrimestra de 1998, identificando teores anômalos de manganês, ferro, arsênio e orgânicos, nas análises quimicas de amostras de águas subterrâneas da área industrial de Santana.

            A Icomi explica também que o Arsênio é resultante dos rejeitos dos processo de pelotização e sinterização existentes na bacia de rejeitos finos e entorno ocorridos até 1997.

            Encerrou atividades no Amapá em 3 de maio de 2003, por meio de um contrato de 50 anos que tinha com o Governo do Amapá.

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

MOISÉS ELIEZER LEVY, EX PREFEITO E PATRONO DO TRAPICHE


Eliezer Moisés Levy, também conhecido como Major Eliezer Levy, entrou na Guarda Nacional, onde chegou ao posto de Coronel, embora seja conhecido historicamente como Major Eliezer Levy. Politicamente, o Major Eliezer Levy tornou-se amigo e correligionário de Magalhães Barata, que por décadas dominou a política paraense.

Por conta desta amizade, Eliezer Levy foi nomeado intendente de Macapá (então ainda parte do estado do Pará), onde governou até 1936, quando tomou posse o primeiro prefeito eleito da cidade, Francisco Alves Soares. Um segundo mandato de Prefeito de Macapá ocorreu entre 1942 e 1944. 

O seu nome identifica, hoje uma rua principal, e o Trapiche em frente à cidade de Macapá.



JULIÃO RAMOS, UM DOS PRECURSORES DO MARABAIXO


Um dos maiores lideres da comunidade negra do ex Território do Amapá, e considerado um dos patriarcas do Marabaixo (e era exímio tocador de Caixa, principal instrumento do Marabaizo. Nasceu em Macapá, em 9 de janeiro de 1890. Faleceu também em Macapá, em 25 de junho de 1958.Filho de Thomaz Agrávio Ramos  e Felícia Agrávio Ramos.

Estudou na escola primária, o suficiente para ler e escrever. A residência de seus pais ficava entre o barranco da atual Praça Euclides Figueiredo e a então estreita Rua de Trás, que já foi Independência, e hoje tem o nome de Binga Uchoa.

Foi com ele que o governador Janary Nunes teve os primeiros entendimentos para transferência de famílias com seus barracos, para uma área mais distante, por tràs do “Poço do Mato”, que denominavam  Campos do Laguinho”. Houve reação inicial dos negros, em razão  deles terem que se desfazer das árvores frutíferas e pequenas roças, mas o governo ofereceu uma gorda indenização, e o compromisso  de construir casas confortáveis. Foi assim que surgiu o bairro do Laguinho.



Casou com Januária Simplício Ramos, que lhe deu seis filhos: Felícia Amália, Alipio de Assunção, Apolinário Libório, Benedita Guilhermina  e Joaquim Miguel. Foi servidor público municipal, encarregado de zelar pelo Campo de Aviação.  Na cultura, formou com Raimundo Ladislau a dupla de maior expressão do Maraaixo, tendo Raimundo Ladislau como compositor e autor das letras e versos ladrões do marabaixo, e Julião Ramos  como tocador de caixa e “cantador”

MÃE LUZIA, nossa primeira parteira


Se estivesse viva, hoje (9 de janeiro) completaria 164 anos. Ela foi uma das primeiras parteiras da fase territorial do Amapá. Filha de escravos, seu nome cristão era Francisca Luzia da Silva.  Nasceu em Macapá em  9    de  janeiro   de 1854, e faleceu em Macapá, aos 100 anos, em 24 de setembro de 1954. Foi homenageada, dando seu nome à Maternidade de Macapá, que passou a se chamar Hospital da Mulher Mãe Luzia. Passou a ser imortalizada através do poema de Álvaro da Cunha, que diz, numa das estrofes:

            “Mãe Luzia! Mãe preta e um coração
            Que através dos milagres de ternura
            Da mais rudimentar puericultura
            Foi o primeiro doutor da região”.



            Naquela época, as mãos e a experiência de Mãe Luzia trouxeram centenas de vida a este pedaço de Brasil. Ganhou o título de Mãe Luzia do coronel Coriolano Jucá, intendente (espécie de prefeito) de Macapá em 1895, que convidou-a para trabalhar como parteira, com remuneração de um salário, da Intendência de Macapá. A alcunha de “Mãe Luzia” foi dada, carinhosamente, por Coriolano.

            Também lavadeira, Mãe Luzia passava boa parte do dia curvada sobre a tina de água, nos coradouros, levantando varais de roupas e os pesados ferros de engomar. Morava no “Formigueiro”, localizado atrás da Igreja de São José, e sempre foi visitada pelas autoridades do Amapá, em busca de conselhos., entre elas o governador Janary Nunes.  Em contraste com a bata branca, sempre bem engomada, com a qual costumava sair, Mãe Luzia recebia os visitantes vestida nos costumes de seus ancestrais, com os seios expostos e sais rodadas. Inspirou artistas de todas as áreas, que em versos e telas eternizaram sua coragem e dedicação.



            Foi casada com Francisco Secundino da Silva, um jovem negro, também filho de escravos, que por força política de Mãe Luzia chegou aos postos de comandante da Guarda Nacional e vereador de Macapá. Faleceu aos 109 anos, em 24 de setembro de 1954, e foi sepultada em grande cortejo popular. Seu nome foi dado à antiga Maternidade de Macapá, inaugurada no dia 13 de setembro de 1953, pelo ex-governador Janary Nunes.

domingo, 7 de janeiro de 2018

Personagens: PADRE JÚLIO MARIA DE LOMBAERDE (1878-1944)



Júlio Emílio Alberto de Lombaerde. Sacerdote belga pertencente à Congregação dos Missionários da Sagrada Família, MSF. Nasceu em Beveren-Leie-Warengem em 7 de janeiro de 1878. Faleceu em Manhumirim, MG, em 24 de dezembro de 1944. Seus pais foram José de Lombaerde e Sidônia Steelandt. Em abril de 1895 entra para a Congregação dos Padres Brancos, na África, recebendo, como postulante, o nome de Irmão Optato-Maria, ficando ali até 1901. Em fevereiro de 1902 entra para a congregação dos Missionários da Sagrade Família (MSF), em Grave (Holanda). Faz os votos provisórios em 4 de outubro de 1903 e é ordenado em 13 de junho de 1908.



Em 15 de outubro de 1912 chega ao  Brasil, através de Recife (Pernambuco), a bordo do transatlântico alemão Krefeld. Em 23 de outubro segue para Natal (RN) com mais quatro missinários, chegando n o dia seguinte (24). Dois dias depois parte para São Gonçalo (Minas Gerais). Em janeiro de 1913 segue viagem para Belém (Pará), chegando no dia 18. Permanece por um mês na capital paraense. Chega a Macapá, no Amapá, pela primeira vez, em 27 de fevereiro de 1913. Desta data até 23 de abril de 1916 trabalha como coadjutor do padre José Maria Lauth (MSF). A partir de então atua como vigário da paróquia de São José de Macapá até 1923.


Em 20 de novembro de 1916 funda a congregação católica religiosa feminina Filhas do Coração Imaculado de Maria, em Macapá. A partir de 1923 até 1926 atua em Belém. De 1926 a 1928 é vigário em Natal (RN). A partir de 25 de março de 1928 transfere-se definitivamente em Manhumirim-MG, até falecer, em 1944. Em 13 dezembro de 1917 funda em Macapá o Colégio de Santa Maria, para abrigar meninas em regime de internato e semi-internato. Em 14 de janeiro de 1918 funda uma escola infantil em regime de semi-internato em Macapá, para abrigar menores abandonados. Em 15 de fevereiro de 1918 funda em Macapá o cine Olímpia, que passa a funcionar aos domingos. Em 16 de março é nomeado diretor da Instrução Pública, pelo intendente de Macapá, Alexandre Vaz Tavares.

Em 18 de julho de 1919 monta um teatro educativo e religioso em Macapá, para os jovens aprenderem a falar em público. Em 17 de setembro cria a Banda Marcial São José, com 25 integrantes escolhidos entre os rapazes de sua confiança, pagando um maestro de Vigia (Pará) para rege-la.  Em 15 de maio de 1923 é transferido para Icoaraci, em Belém (Pará). Em 25 de março de 1928 funda em Icoaraci a congregação masculina dos Missionários Sacramentinos de Nossa Senhora. Em 25 de março de 1929 funda a congregação das  Irmãs Sacramentinas de Nossa Senhora.
           
Falece m 24 de dezembro de 1944, em desastre automobilítico, em Vargem Grande (Presidente Soares, Minas Gerais).         Escreveu dezenas de obras em francês e português, abordando ensinamentos católicos, romances, pregação e meditação. Na Europa foi responsável pela revista “Le Messager de La Sainte Familli” (Grave, Holanda). De 1916 a 1917 escreveu intensamente no jornal “Correio de Macapá”. De 1914 a 1934, por vinte anos consecutivos, escreveu no jornal “Voz de Nazaré”, de Belém. De 1926 a 1928, no Rio Grande do Norte, escreveu no “Diário de Natal”. Em 1928, m Manhumirim, fundou o jornal “O Lutador”, e fundou a editora “O Lutador” para impressão de suas obras.


Personalidades: ALCY ARAÚJO CAVALCANTE (1924-1989)


Jornalista e escritor, Alcy Araújo Cavalcante (Alcy Araújo) nasceu em Igarapé Açu-PA,  em 7 de janeiro de 1924, e faleceu em Macapá em 22 de abril de 1989. Diplomou-se em Artes Industriais pela Escola Industrial de Belém (hoje Escola Técnica Federal), especializando-se em marceneiro, torneiro, marcheteiro, polidor, empalhador e carpinteiro civil, exercendo essas atividades até os 17 anos, quando deixa as fábricas e ingressa no jornalismo. Como jornalista, começando como revisor, galgou as funções de repórter, noticiarista, cronista, redator e editorialista, nos jornais do Pará de 1941 a 1944: “Folha do Norte”, “Folha Vespertina” e “O Imparcial”. De 1944 a 1947 trabalhou nos jornais  “O Estado do Pará” e “Pará Ilustrado”. De 1947 a 1953 trabalha nos jornais “A Província do Pará”, “Vanguarda” e “O Liberal”. Colaborou  na revista literária “Novidades”, fundada por Otávio Mendonça.


Teve seus trabalhos publicados em suplementos literários ao lado de nomes famosos como Bruno de Menezes, Eymar Tavares, Georgenor Franco, Rodrigues Pinagé e Ruy Guilherme Barata, e de poetas vanguardistas, como Álvaro da Cunha, Fernando Tasso, Leonam Cruz e outros. Chegou ao Amapá em 1953, fixando residência, desenvolvendo intensa atividade artística, cultural e jornalística, com artigos diários em jornais e emissoras de rádio.  Foi fundador da Associação Amapaense de Imprensa, e de várias revistas literárias, tendo sempre uma facilidade extraordinária para escrever artigos que eram publicados diariamente nos jornais e emissoras de rádio. Usava vários pseudônimos para assinar suas matérias, sendo o mais famoso, “Gatinho do Titio”.   



Em 1953 casa com a professora Delzuite Carvalho, tendo quatro filhos (Alcione, Alcinéa, Alcy Filho e Alcilene). Ele a conheceu em Belém, no bairro do Telégrafo, quando começou o namoro, mas a jovem se transferiu para Macapá e, para sua surpresa, no inicio de 1953, e se casam, tendo os filhos  Alcione, Alcinéa, Alcy Araújo Filho, Alcilene. Em 1970 divorcia-se da professora Delzuite, e casa com  Maridalva Rodrigues dos Santos, que lhe dá os filhos Adtrid, Alice. Admitido a partir de 1953 no quadro dos funcionários do governo do Amapá, com a função de redator do Gabinete do Governador, exercendo, em seguida, vários cargos na administração pública. Trabalhou em quase todos os jornais do Amapá, e por longos anos na Rádio Difusora de Macapá, chegando á direção da emissora. Em 12 de maio 1960,é lançada no rio a obra Modernos Poetas do Amapá, com poemas de Alcy Araújo Cavalcante. Em 3 de julho de 1965 lança a obra AUTOGROGRAFIA (Crônicas) em Macapá.


           
Foi vencedor, em 1969, do I Festival Amapaense da Canção, com a música “Canção Anti-Muro”, em parceria com Nonato Leal. Compôs vários sambas de enredo para a Embaixada de Samba Cidade de Macapá, Maracatu da Favela e outras escolas. Em 1970 divorcia-se da professora Delzuite, e casa-se com Maridalva Rodrigues dos santos, nascendo as filhas Astrid, Aline, Aldina e Adriane. Escreveu: Amapá 1968 (monografia); Amapá, Verde Território da Esperança (crônica); Autogeografia (crônica e poesia); Jardim Clonal (poesia) e Poemas do Homem do Cais  (Poesia).. Em 18 de abril de 1989 publica seu ultimo texto:”Carta Aberta ao Povo Amapaense”, publicada no jornal Amapá Estado depois da sua morte. Falece em 22 de abril de 1989 , aos 65 anos.


            Obras publicadas: AMAPÁ 1968 – monografia; AMAPÁ, VERDE TERRITÓRIO DA ESPERANÇA – Poesias. AUTOGEOGRAFIA – crônicas e poesias; AVE TERNURA (inédito) – crônicas e poesias; CARTAS PRO ANJO (inédito) – crônicas; HISTÓRIAS TRANQUILAS – contos; JARDIM CLONAL – Poesia (obra póstuma, publicada pela Associação Amapaense de Escritores em 1997). MUNDO PARTIDO – (inédito) poesia. POEMAS DO HOMEM DO CAIS – poesia; TEMPO DE ESPERANÇA (Inédito) – crônica e poesia. TERRA MOLHADA (inédito) – romance.    TERRITÓRIO FEDERAL DO AMAPÁ -  monografia.


            Participou nas seguintes antologias: MODERNOS POETAS DO AMAPÁ; COLETÂNEA AMAPAENSE DE POESIA E CRÔNICA, e INTRODUÇÃO À LITERATURA DO PARÁ (obra da Academia Paraense de Letras). Sua biografia figura nas obras BRASIL E BRASILEIROS DE HOJE (enciclopédia); GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E BRASILEIRA (editada em Lisboa).

MARABAIXO: MAIS RESPEITO À NOSSA CULTURA

Mestres Julião Rams e Raimundo Ladislau O Marabaixo atualmente é a maior expressão cultural do nosso Estado, e em especial de nossa c...