domingo, 9 de junho de 2019

MARABAIXO: MAIS RESPEITO À NOSSA CULTURA

Mestres Julião Rams e Raimundo Ladislau


O Marabaixo atualmente é a maior expressão cultural do nosso Estado, e em especial de nossa cidade de Macapá. Hoje temos até mesmo o Dia do Marabaixo, em homenagem às nossas comunidades afro que sempre estiveram presentes nos momentos mais importantes de nossos intercursos históricos. Mesmo assim, os marabaixeiros tiveram vários problemas de identidade, tanto em relação ao Estado, que queriam restaurar a sua dominação política, como a própria Igreja Católica, que via, nas manifestações, uma ameaça aos cultos cristãos e à vida social da população como um todo.

             Raimundo Ladislau e Julião Thomaz Ramos – ou Julião Ramos, foram grandes pilares do nosso Marabaixo. Mestre Julião nasceu em Macapá em 1890, e se tornou líder da comunidade negra e representante do Marabaixo. Era casado com Januária Simplício Ramos da comunidade do Curiáu, e teve seis filhos: Felícia Amália Ramos, Alípio de Assunção Ramos, Apolinário Libório Ramos, Benedita Guilhermina Ramos e Joaquim Miguel Ramos, Benedita Guilhermina Ramos, a Tia Biló.

A iniciativa de mudar parte da população para o Laguinho, tinha interesses bifurcados: por uma lado representava as melhorias urbanas na frente da cidade e o crescimento urbano em outros lados. Por causa do movimento politico organizado, o traslado da população negra da orla de Macapá aconteceu de forma “pacífica”, pois Janary conseguiu convencer Julião Ramos a ser seu aliado nesse empreendimento. Esse remanejamento inspirou até mesmo no que se tornou o hino popular do Marabaixo, pela lavra de Mestre Ladislau: “Pra onde tu vai, rapaz”.


            No geral, o Laguinho era uma área com muita roça, e um lago
onde as mulheres lavavam as roupas. Por isso, grande parte da população negra decidiu se transferir para este lugar, mesmo que este fosse um espaço sem infraestrutura urbana para recebê-los. Outra parte resolveu seguir Gertrudes Gaia, que resolveu se fixar “nos campos da Favela”, originando o outro grupo de Marabaixo que inicialmente foi adversário, mas aos poucos foi contornado, servindo, durante o Ciclo, de complementação, com a união das duas bandeiras: do Espirito Santo e da Santíssima Trindade.

            Se no inicio os moradores do  Laguinho se viram excluídos dos benefícios de urbanização do Amapá Território, nos dias atuais o bairro do Laguinho é considerado um bairro com posição privilegiada, por estar próximo do centro da cidade, além de ser um território negro com expressivas manifestações culturais de matriz africana.

Mas relação do Marabaixo do Laguinho com o Estado durante o governo
Janary não se resume apenas nas negociações com o mestre Julião para o remanejamento. Outras ações foram efetuadas ou propostas pelo governador com o objetivo de atrair essa comunidade. A relação entre cultura e Estado tem despertado o interesse de pesquisadores para investigação e interpretação. Os estudos históricos sobre esta relação visam elucidar as ações do Estado sobre as manifestações, tradições, e saberes populares, e as implicações dessas
intervenções.


Assim, na administração de Janary Nunes as festas tradicionais da cidade, como o Marabaixo, passaram a integrar o calendário cívico do governo. A valorização da cultura local pelo poder publico, principalmente das festas religiosas, era um caminho de aproximação da população amapaense.

Em sua viagem a Macapá na década de 1950, o sanfoneiro Luiz Gonzaga esteve no bairro do Laguinho e assistiu a uma apresentação de Marabaixo. Neste período, Luiz Gonzaga ganhou destaque nacional com o estilo regional nordestino conhecido como o “baião”. Um fator favorável ao futuro proeminente de Gonzaga foi o incentivo do Estado e o apoio dos intelectuais do país, pois sua música era representativa para a nacionalização da música brasileira. Com isso, o cantor passou a fazer parte da Rádio Nacional, que era um instrumento vital do Estado Novo getulista para integração nacional, pois tinha o papel de irradiar as músicas regionais para todo o Brasil.

Com esse destaque nacional, Luiz Gonzaga gravou o ladrão de Marabaixo ‘Aonde tu vai rapaz’, conhecida por ele durante a sua visita ao bairro do Laguinho, e compôs, juntamente com o advogado Humberto Teixeira, a música chamada ‘Macapá’, em homenagem ao capitão Janary Nunes, que foi lançada na Rádio Nacional.

Julião Ramos e esposa sendo entrevistados por Nunes Pereira

 Outra ação do governo territorial destinada ao Marabaixo foi o apoio para o lançamento do livro de Nunes Pereira ‘O Sahiré e o Marabaixo’, publicado em 1951. Nunes Pereira era etnólogo e viajou pela Amazônia por quase 40 anos. Com o apoio do governo territorial, o livro foi lançado com o objetivo de criar um auditório para exibir e conservar a dança do Marabaixo e do Sahiré. Mas este objetivo não foi alcançado. Entretanto, vale destacar que este foi um  trabalho de grande contribuição para o conhecimento das manifestações culturais do Amapá, pois, além de ter sido um trabalho pioneiro, trouxe impressões acerca do Marabaixo e Sahiré no final da década de 40 que ajudam os trabalhos de pesquisadores da cultura local.

            Percebe-se nesse período, que a proximidade entre Janary Nunes e Julião Ramos além de ajudar no remanejamento das famílias do centro histórico de Macapá, trouxe mais visibilidade para o Marabaixo do Laguinho, mas essa visão atual foi resultado de várias outras, prós e contra, porque o que estava em jogo era a desvalorização do povo negro, e o necessário remanejamento deles da frente da cidade. Certos estudiosos da cultura negra no Amapá chegam a se perguntar: E se a população da orla fosse totalmente branca, o tratamento seria outro? Eles sairiam – como aconteceu com o povo negro --, ou permaneceriam no local? Esses pequenos focos de resistência ainda encontram ressonância na nossa memória.


 IGREJA CATÓLICA E MARABAIXO

Com a chegada dos primeiros missionários do Pontifico Instituto das Missões Estrangeiras (PIME) em 1948, a cultura negra local sofreu mais ameaças, e desta vez bem profundas. Se alguém tiver oportunidade, leia a obra de Fernando Canto, ‘A Água Benta e o Diabo’.  Para os missionários, o Marabaixo era uma manifestação popular profana e imoral, que devia ser combatida. Antes da represália da Igreja Católica, o Marabaixo era realizado na frente da Igreja de São de José de Macapá. Chegou um tempo em que os padres não deixavam os marabaixeiros entrarem na Igreja. E um dos episódios que marcou a história dessa relação foi a quebra da coroa do Divino Espirito Santo pelo vigário belga padre Júlio Maria Lombaerd, que na época causou grande revolta nos marabaixeiros e fiéis do santo.

Para efetivar a repressão, em 1950 o primeiro bispo de Macapá D. Aristides Piróvano, condenou as festas religiosas populares através de uma carta pastoral. E ainda, criaram um periódico que massificava as ideias cristãs e condenava todas as demais formas de manifestações religiosas que contrariassem a ética eclesiástica. Mesmo assim, Julião Ramos, que fazia parte da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, continuou a praticar e a realizar as festas de Marabaixo, e por sua resistência, a Igreja decidiu expulsá-lo da Irmandade.  

As ações da Igreja Católica provocaram uma serie de mudanças na organização do próprio CICLO DO MARABAIXO. A festa passou a ser realizada na casa dos festeiros; a capoeira (“carioca”) , que era jogada na frente da Igreja de São José, deixou de existir, e o local em que a murta era apanhada foi modificado.

As relações e aproximações da Igreja Católica com o Marabaixo só começaram a mudar para melhor, a partir do momento em que as igrejas passaram a ser comandadas por padres amapaenses, como os padres Aldenor Benjamim e Paulo Roberto Matias. Inclusive se tornou tradição, na Semana da Consciencia Negra, o padre Paulo Matias celebrar, todos os anos, a ‘Missa do Quilombo’, com a presença de sacerdotes dos cultos afros.

Mas, anos depois, os marabaixeiros da Associação Raimundo Ladislau tiveram um conflito com um padre italiano da Igreja São Benedito. Segundo a marabaixeira Daniela Ramos, eles tiveram que resistir para manter as tradições e realizar a festa, que foi fortemente combatida pelo padre italiano do Pime, da ala conservadora da Igreja, que não queria que as imagens símbolos do Marabaixo fossem para o templo de São Benedito, um santo de nacionalidade negra. A comunidade laguinhense se revoltou, o assunto foi bastante divulgado na Imprensa, e o bispo, ouvindo os apelos da população, trocou o vigário da igreja, e a paz voltou a reina “nos campos do Laguinho”.

            Novamente, neste ano, o grupo de Marabaixo teve outra surpresa: o vigário da Paróquia de Jesus de Nazaré – e só podia ser italiano --, resolveu proibir o acesso de brincantes com bandeiras, imagens, indumentárias e adereços, no interior do templo. Houve novas manifestações, e estamos esperando o pronunciamento do bispo,  para deliberar se ainda existe a harmonia entre a Igreja e os cultos afros, pois o próprio Papa Francisco se manifestou, em várias ocasiões, de que as igrejas não podem proibir acessos de pessoas, seja de quais culturas forem, para seus sacrifícios e manifestações, já que a conversão e as “prestações de conta” com Deus serão sempre individuais, e não cabe, portanto, a uma autoridade eclesiástica a censura de pessoas nos templos.

Como vimos, o Estado e a Igreja tomaram decisões no passado, que impactaram a comunidade negra desde a década de 40, mas a resistência dos queridos e amados afrodescendentes forçou ambas autoridades a repensarem seus pontos de vista. Assim, surgiram entidades como a União dos Negros do Amapá (UMA), o Centro de Cultura Negra, a secretaria estadual de Governo que cuida da integração dos afrodescendentes (Seafro) e o Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Improir), como instrumentos de promoção, interação e manutenção da cultura. Por meio da Assembleia Legislativa do Estado, e com a sanção governamental, já temos, em nosso calendário cultural, o  16 de junho como Dia Estadual do Marabaixo (Lei Estadual nº 049/2010).

Atualmente, a festa do Ciclo do Marabaixo em Macapá, realizada nos bairros do Laguinho e Favela, representa uma forte manifestação cultural dos negros amapaenses. Esperamos que nossos queridos e amados ancestrais, assim como nossos afrodescendentes atuais, possam exercer livremente suas manifestações culturais, e recebam aprovação pacífica e carinhosa da população, que tem, no seu maior conteúdo étnico, a presença afro.

Texto: Edgar Rodrigues

quarta-feira, 5 de junho de 2019

BIODIVERSIDADE NO AMAPÁ

APA da Fazendinha


A diversidade biológica, nada mais é que a variedade de genes, espécies e ecossistemas que fazem parte da biosfera. A biodiversidade pode ser medida pelo número total de espécies vivas nos ecossistemas terrestres e aquáticos, determinando que os ecologistas chamam de “a riqueza total do planeta”. O Estado do Amapá possui uma grande biodiversidade, até agora preservada, mas ameaçada aos poucos pelas mineradoras multinacionais.
            Em 4 de fevereiro de 2000, o jornal Correio Braziliense publica reportagem sobre o Amapá, abordando o novo modelo de desenvolvimento sustentável que o governador João Alberto Capiberibe tenta implantar no Amapá, e sobre a situação atual do Projeto Jarí, com o título “Nascimento da Florestania” (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)        
            Em 21 de abril de 2000, A revista “Le Point”, da França, publica reportagem com o título “Amazonie, Le Miracle de Amapá”  (Amazônia, o Milagre do Amapá), assinada pelo jornalista Alex Gylden, falando sobre o desenvolvimento do Amapá seguindo um modelo de sustentabilidade. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)
APA do Rio Curiaú

            Em 4 de junho de 2000, o jornal Gazeta Mercantil publica notícia sobre a exploração racional do palmito que vem sendo processada no Amapá, obedecendo ao novo modelo de Governo, e os efeitos positivos para a floresta amapaense. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com).
            O jornal New York Times, de 17 de junho de 2000, publica reportagem assinada por Simon Romero, intitulada ‘Brasil tenta explorar os produtos da Amazônia’ sobre a Sustentabilidade do Amapá, (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)
            O jornal Le Figaro, da França, de 18 de junho de 2000, publica reportagem sobre o Amapá, intitulada “Ações do Governo do Amapá na exploração racional dos recursos da floresta sem destruí-la”. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com).
            O jornal “Folha de São Paulo”, de 20 de junho de 2000, publica reportagem de Virgilio Vianna, intitulada “Os Caminhos para Nossas Florestas”, dando destaque à prática do manejo florestal e industrialização racional de produtos florestais do Amapá. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)

Indios Wajapi

ALGUMAS NOTAS SOBRE A AGRESSÃO À BIODIVERSIDADE DO AMAPÁ

            Em 3 de julho de 1997, a  Prefeitura de Santana solicita à Icomi informações sobre a viabilidade desta empresa conceder rejeitos de manganês na quantidade de 4.006 metros cúbicos, para utilizar em asfaltamentos de vias públicas: o ofício nº 076/97 Semosp PMS.
14 de julho de 1997 -  A Icomi, em resposta ao ofício da Prefeitura de Santana (ver 3 de julho) solicitando aquisição de rejeito de manganês para utilizar em asfaltamentos de vias públicas, informa que está com o material à disposição ao preço de R$ 15,00 por metro cúbico (Carta CRDGL 007/97). Ver 18 de dezembro de 1997.
            10 de dezembro de 1997 -  Pela lei nº 388/97, o Governo do Estado cria a Lei de Biodiversidade, estabelecendo a competência do Poder Executivo de preservar a diversidade, a integridade e a utilização sustentável dos recursos genéticos localizados no Estado e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético.
18 de dezembro de 1997– O cidadão Robério Aleixo Nobre encaminha denúncia à Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente),  de que a Prefeitura de Santana está aterrando ressacas com rejeitos de manganês. Nesse período, a Sema também recebe denúncia anônima de que estudos contratados pela Icomi detectaram contaminação por arsênio em lençóis freáticos da área industrial de Santana.
19 de dezembro de 1997– A Sema notifica o prefeito de Santana, Judas Tadeu Medeiros, para comparecer no dia 22 para tratar da denúincia, feita por Robério Aleixo (Ver 18 de dezembro de 1997), de que a prefeitura estaria aterrando ressacas com rejeito de manganês.
22 de dezembro de 1997– O prefeito de Santana, Judas Tadeu, comparece à Sema para apuração de denúncia sobre aterro de ressacas com rejeito de manganês, e é orientado a não utilizar o rejeito do manganês.
29 de dezembro 1997– A Sema notifica a Icomi para comparecer na Secretaria no dia 30, para tratar de assuntos relacionados a doações de manganês e renovação de sua licença de operação. Nessa notificação a Sema proíbe peremptoriamente as doações de manganês pela empresa.
            30 de dezembro de 1997 – A Icomi comparece a uma audiência marcada pela Sema, e é orientada a não usar os rejeitos  de manganês, e é solicitado ao secretário de Meio Ambiente análises de solos e água para avaliação do material.
            20 de janeiro de 1998 – A Sema exige da Icomi, no prazo de 30 dias, as características físico-químicas, interação com o meio ambiente, riscos e problemas à saúde, quantidades existente e doada do manganês existente em Santana (Ofício nº 021/GAB/Sema).
            20 de fevereiro de 1998 – Em solicitação ao ofício nº 021, da Sema, a Icomi envia um relatório parcial elaborado pela JAAKKO POYRE ENGENHARIA, como uma primeira tentativa de atender a exigências da Sema.
            30 de março de 1998  A Icomi envia à Sema, através de carta, um aditamento ao relatório parcial, chamado Estudo 12940-EJPE-1800, que acusa ter recebido no dia 25 de março de 1988. Nessa carta, a Icomi admite a necessidade de manter sustada a doação do material à Prefeitura de Santana, pois a destinação dada foi diversa da solicitada, e que já existem elementos que indicam a pertinência desta decisão.
            Maio de 1998 -  É criado o Batalhão de Polícia Ambiental, para fiscalizar o meio ambiente.
20 de maio de 1998  A Icomi envia à Sema uma longa carta relatando resumidamente diversos aspectos inerentes à área industrial de Santana. Nessa carta, a Icomi relata a instalação, na década de 70, de uma usina pioneira na produção de pelotas de manganês, desativada após 10 anos de operação e que também instalou na área industrial um forno elétrico para produção de ferro ligas e uma unidade de sinterização. Ainda nessa carta a Icomi informa como se deu o processo de desapropriação privada desta área industrial-portuária e da sua venda à Champion, compradora da AMCEL, ocorrida no dia 20 de novembro de 1996. Relata que, apesar das venda, a Icomi ficou como comodatária por um tempo de 5 anos para atingir vários objetivos contratuais. O terceiro desses objetivos seria o de realizar uma auditoria ambiental para determinar a contaminação de solo e lençol freático e a solução dos possíveis problemas.
Para realizar a auditoria Ambiental a Icomi contratou a JAAKKO POYRY ENGENHARIA Ltda que trabalhou durante o ano de 1997 e primeiro quadrimestre de 1998, identificando teores anômalos de manganês, ferro, arsênio e orgânicos, nas análises químicas de amostras de águas subterrâneas da área industrial de Santana.
A Icomi explica também que o Arsênio é resultante dos rejeitos dos processos de pelotização e sinterização existentes na bacia de rejeitos finos e entorno ocorridos até 1997.
            4 de julho de 1998  No período de 4 a 5, é realizado no Teatro das Bacabeiras o Encontro Internacional de Direito Ambiental na Amazônia, reunindo mais de mil e quinhentos participantes de sete países: Angola, Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França e Portugal.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

BIBLIOTECA PÚBLICA ELCY LACERDA



Sua origem remonta à Biblioteca que foi instalada em uma casa particular com um acervo doado pelo Dr. Acylino de Leão (1888-1950),  médico, político e acadêmico da APL e outras obras referentes ao Estado do Amapá. Esta casa ficava na Rua Mário Cruz, ao lado da Intendência de Macapá, hoje transformada em Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva. Isto quando o Amapá pertencia ao Estado do Pará. Com a transformação do Amapá em território, uma das preocupações do 1º governador, Cap. Janary Gentil Nunes, foi transferir este acervo existente para um local mais adequado, onde a comunidade pudesse ter melhor conforto em suas pesquisas e leituras.

            Em 1950 foi transferida para um prédio construído especificamente para esse fim, em frente à Escola Normal de Macapá (IETA). Com o aumento considerável do acervo e havendo necessidade de outro prédio, em 1971 o governo do Gal. Ivanhoé Martins, decidiu que a biblioteca passasse a funcionar na Rua São José, esquina com a Av. Mendonça Furtado, seu endereço atual.Em 1992, a Biblioteca passou por reformas e adaptações, sendo reinaugurada em 10 de junho de 1994. Nesses dois anos ela funcionou no prédio da COBAL (hoje SEBRAE) e através da Lei nº0269 de 12 de Junho de 1996, a Biblioteca foi personalizada com o nome de Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, homenagem feita à Professora Elcy que tanto engrandeceu o Amapá no Brasil e no mundo. E, coincidentemente, Elcy nasceu no dia 20 de Abril de 1945.
Entre o final de 2009 e até o dia 27 de abril de 2012, a Biblioteca ficou fechada para reformas e adaptações.  Reabriu, e foi reinaugurada pelo Governo do Amapá.



A BIBLIOTECA HOJE

A Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda tem prestado relevante auxílio à pesquisa da comunidade amapaense, principalmente aos estudantes, através de suas salas de referências. Também auxilia tecnicamente e materialmente as Bibliotecas Municipais, buscando organizar um sistema de rede entre as Bibliotecas do nosso Estado. Dispondo de um acervo em cerca de 60 mil itens (dentre livros, jornais, revistas, Cds e Dvds) distribuídos em várias salas: Ensino Fundamental, Infanto-juvenil, Acesso à Internet, Auditório multiuso, Sala Elcy Lacerda, Sala Afro-indígena, Sala do Ensino Médio e Superior, Sala Amapaense, Sala de Periódicos, Sala de Obras raras – acervo dos jornais mais antigos do AP, Sala de Braile e audioteca, Sala Circulante e Galeria Alcy Araújo, que abriga a Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular.

            Destaca-se a importância educacional e cultural da Biblioteca Pública como um centro de referência aos pesquisadores, que nela encontram diversos tipos de suporte para que desenvolvam trabalhos, principalmente monografias, teses e trabalhos escolares. Ponto de encontro de escritores que realizam os lançamentos de suas obras expõem,  seus trabalhos e realizam palestras com estudantes e professores, a Biblioteca também dispõe de um grupo de teatro, constituído por servidores que trabalham peças da Literatura Infantil- principalmente Monteiro Lobato. Esse grupo também conta histórias e realiza apresentações na própria Biblioteca e nas escolas, inclusive em Municípios do interior. Os servidores da Biblioteca são treinados para prestar toda a orientação aos usuários, orientam as pesquisas, indicam bibliografia e esclarecem dúvidas.

            Vinculada à Secretaria de Estado e Cultura, em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, a Biblioteca tem sido um órgão que ao longo da história vem desenvolvendo um trabalho que colabora sobremaneira para que o nosso Estado preserve sua cultura. Ela é a guardiã de um rico acervo de obras raras, de clássicos da Literatura Brasileira e Universal, coleções de periódicos como o “Jornal Amapá” (primeiro diário oficial do Território), exemplares do jornal “Pinzônia”, e da Biblioteca particular e objetos pessoais da professora Elcy Lacerda.

            Alguns dos ex-diretores e gerentes: Lauro Chaves – Professor, Déa Rola – Bibliotecária, Bernadete Rodrigues – Bibliotecária, Amaparino Gemaque – Bibliotecário; Cristina Sabóia – Bibliotecária; Ângela Nunes – Professora; Cristina Dias – Bibliotecária; Paulo Tarso Barros – Professor e escritor; Tânia Mello – Professora; Ricardo Pontes – Professor; José Pastana – Professor; Lulih Rojanski - Escritora e professora. Atualmente (2019) o gerente é o proressor José Pastana.


COMO FUNCIONA A BIBLIOTECA

            A Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, fundada em abril de 1945, sempre trabalhou na divulgação do livro e da leitura e contou com a presença de professores, bibliotecários, pedagogos, mediadores de leitura, artistas e outros profissionais da Educação.
            A Biblioteca esteve subordinada à Secretaria de Educação - Seed durante muitos anos e tem a tradição de atender prioritariamente, e de forma contínua, estudantes da rede pública e da rede particular. Por isso, a Seed sempre foi a principal fornecedora da mão de obra qualificada e devidamente treinada para dar suporte aos trabalhos educacionais e pedagógicos desenvolvidos pela instituição, além de mantenedora do mobiliário, equipamentos eletrônicos, estantes e demais utensílios existentes na instituição, mesmo depois que a biblioteca passou a ser vinculada à Secretaria de Cultura (Secult) em virtude do Sistema Nacional de Cultura. Os professores e pedagogos são distribuídos nos espaços da Biblioteca, que funciona ininterruptamente de segunda a sexta-feira, das 8:00h às 18:00h, inclusive no período de férias escolares, pois os professores lotados na instituição têm regime diferenciado de férias e, quando necessário, aos finais de semana, quando há eventos ou ações educativas e culturais, dando apoio e suporte às atividades das escolas.
            São estes os principais espaços da Biblioteca:

SALA CIRCULANTE

            A Sala Circulante dispõe de um acervo de aproximadamente 10 mil obras, a maioria de cunho literário, dos principais autores nacionais e estrangeiros nos gêneros romances, contos, crônicas, poemas, teatro, biografias, infanto-juvenil e religião. O público-alvo se constitui principalmente de estudantes da rede pública e da rede privada, professores, leitores da comunidade (cerca de 2 mil leitores cadastrados) e autores locais.
            Os estudantes buscam conhecer as obras literárias e são orientados pelos professores na escolha da mesma, recebem informações sobre os autores e contexto histórico das obras para a produção de trabalhos escolares, interpretação de textos e como são trabalhados dentro do Enem, bem como sugestões de leitura de paradidáticos e material virtual na internet.

SALA DO ENSINO MÉDIO E SUPERIOR

A Sala do Ensino Médio e Superior dispõe de um acervo de aproximadamente 15 mil obras, dentre dicionários, enciclopédias, língua portuguesa e estrangeira, filosofia, ciências, matemática, direito, medicina e enfermagem, psicologia, filosofia, literatura, religião, geografia, designer, arquitetura e urbanismo, informática, artes em geral e livros didáticos diversos.
            O público-alvo se constitui primordialmente de estudantes das redes pública e privada, concurseiros, candidatos ao Enem e professores que buscam obras de referência e especializadas em suas respectivas áreas.
Os professores fazem um atendimento personalizado a cada usuário que busca informações, orientando, dirimindo dúvidas, esclarecendo, sugerindo e disponibilizando novos materiais de pesquisa de acordo com o assunto a ser estudado. Além disso, é feito constantemente a catalogação, a disposição das obras para que o estudante seja atendido o mais rápido possível.

SALA DE OBRAS RARAS

A Sala de Obras raras se constitui em um verdadeiro tesouro histórico e literário do Amapá. Nela estão os primeiros jornais publicados no Amapá, desde 1895 (Pinzônia), o Jornal Amapá (1944 em diante) e outros jornais e publicações que são disponibilizados para os estudantes, professores, pesquisadores, historiadores e demais interessados.
            Os professores são treinados e capacitados para manusear e colocar à disposição dos estudantes e pesquisadores esse acervo especial, cuja manutenção requer cuidados extremos para evitar danos e os perigos à saúde, pois são publicações antigas.

SALA DE PERIÓDICOS

Na Sala de Periódicos ficam os jornais publicados no Amapá  nos últimos 15 anos (posteriormente, são realocados nas Obras raras), revistas nacionais e estrangeiras, boletins e outras publicações que são postas à disposição do público, principalmente os estudantes e professores que buscam nesses periódicos um complemento importante para seus estudos e pesquisas através das matérias, artigos, fotografias e reportagens.

SALA INFANTO-JUVENIL

Na Sala Infanto-Juvenil encontra-se um variado acervo de obras destinadas a esse público, que se constitui num dos principais focos de atendimento da equipe de professores da Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda.  Num ambiente decorado e atrativo para crianças e adolescentes, a Sala oferece várias atividades lúdicas e educativas. Mas o carro-chefe desse projeto é o Grupo de Professores Contadores de Histórias, que atua há mais de 25 anos desenvolvendo centenas de apresentações nas escolas de Macapá, Santana e até de outros municípios, bem como no auditório da Biblioteca, semanalmente, com a presença de uma ou duas escolas que participam ativamente das atividades pedagógicas através do teatro (inclusive de fantoches), dança, cantigas, músicas, etc.

SALA AMAPAENSE E DA AMAZÔNIA

A Sala Amapaense é um projeto pedagógico, educacional e cultural, que prioriza os autores do Amapá e da Amazônia e tem tudo a ver com a nossa realidade. Os professores recebem centenas de alunos que desejam conhecer as obras literárias, orientam suas pesquisas, expõem seus livros, poemas, biografias, fotos  - além de trazer os autores locais para debater e interagir com alunos e professores em palestras, oficinas, sessões de autógrafos e outros eventos culturais.




A Sala Amapaense dispõe de um vasto acervo de aproximadamente 2 mil obras para atender à crescente demanda das escolas da rede pública estadual, da Ueap, Unifap e outras universidades que estudam os autores locais.

SALA AFRO-INDÍGENA

Novo espaço que existe há 4 anos e que reúne obras que atendem à crescente demanda de literatura especializada nas duas etnias tão importantes para o Estado do Amapá. Nela, os alunos recebem informações de profissionais sobre os povos indígenas, línguas, cultura, tradições e conhecem peças utilizadas pelos indígenas. Vasta bibliografia sobre marabaixo, batuque, história da África e cultura afro são disponibilizadas nessa sala.

            SALA JOSEFA LAU DE CULTURA POPULAR

Uma parceria entre a Biblioteca Pública e o ponto de cultura da Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular tem um excelente acervo de fotografias, livros, vídeos e monografias sobre a cultura popular e folclore de todos os municípios do Estado, cujo trabalho vem sendo desenvolvido, na pesquisa, coleta e sistematização entre os professores da Biblioteca e a Associação.

SALA DE BRAILE E ÁUDIO VÍDEOS

Espaço em que são disponibilizados centenas de obras em Braile, Cds, Dvds destinados aos deficiente visuais que encontram nesse ambiente material literário e de referência para estudos, pesquisas e entretenimento.

            GALERIA ALCY ARAÚJO

Espaço destinado a eventos artísticos, culturais e educativos, como lançamentos de livros, exposições, cinema, teatro, mini-cursos, oficinas, artesanato, música, dança, contação de histórias, saraus etc.


PROCESSAMENTO TÉCNICO

É a sala que recebe todas as publicações destinadas à Biblioteca. Nela trabalham o bibliotecário e outros profissionais que selecionam, classificam, catalogam, distribuem e fazem também a doação de obras para as Bibliotecas escolares e comunitárias do Amapá, pois a Biblioteca Elcy Lacerda faz parte do Sistema Nacional de Biblioteca Públicas, vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, e coordena as demais bibliotecas públicas do Amapá.

            OUTROS SERVIÇOS PRESTADOS PELA BIBLIOTECA

            Na Biblioteca Pública há um Serviço de Informações e Orientações sobre o registro de obras intelectuais, para escritores, poetas e compositores que desejam registrar seus trabalhos na Fundação Biblioteca Nacional, através do Escritório de Direitos Autorais.
            No Auditório da Biblioteca, são realizados cursos, oficinas, lançamentos de livros, peças teatrais, recitais, reuniões e outros eventos. Os interessados devem agendar com a gerência e solicitar a cessão do auditório encaminhando ofício.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

BAILIQUE: ARQUIPÉLAGO E DISTRITO AMAPAENSE




O Arquipélago do Bailique é um distrito pertencente ao município de Macapá, criado Pela  Lei Estadual nº 931, de 22 de março de 1933. Existe também uma comunidade, de nome Bailique. Ele todo constitui um conjunto de oito ilhas, com 42 comunidades.. Localiza-se a cerca de 185 quilômetros da capital do Estado, por via fluvial. É formado por uma área continental, conhecida como região do Pacuí ou baixo Araguari, além das 8 ilhas. Área: 1.723,5 km2. População estimada em 7.618 habitantes (IBGE 2018).

            O vocábulo Bailique é uma mistura do nheengatu (uma espécie de tupi jesuítico), com o karib, e segundo Teodoro Sampaio, significa “O doce (Ique) bailado (Baili, baile) dos pássaros (Illiq). “O doce bailado dos pássaros”.

Ilhas: As ilhas que fazem parte do arquipélago são, Bailique, Brigue, Curuá, Faustino, Franco, Igarapé do Meio, Marinheiro e Parazinho.

Comunidades: Andiroba, Arraiol, Bom Jardim, Buritizal, Cristo Rei, Filadélfia, Foz do Rio Gurijuba, Franco Grande do Bailique, Franquinho, Freguesia do Bailique, Igaçaba, Igarapé do Carneiro,  Igarapé do Meio, Ilha Vitória, Itamatatuba, Jaburuzinho, Jangada, Jaranduba, Limão do Curuá, Livramento do Bailique, Macaco de Fora, Marinheiro do Bailique, Macado de Fora, Marinheiro de Fora, Maúba, Nossa Senhora Aparecida, Ponta da Preta, Retiro do Pirativa, Santo Antonio do  Bailique, São João Batista, São Pedro do Bailique, Vila Cubana, Vila do Maranata, Vila Macedônia e Vila Progresso.


           
            Ecossistemas: As Florestas de Várzeas, ecossistemas típicos da região, caracterizam-se por serem periodicamente inundadas pelas marés, abrangendo inúmeras espécies vegetais e animais. As florestas, de um modo geral, representam uma alternativa de sobrevivência para as comunidades locais, que extraem delas açaí, palmito, frutas e madeira (sob o controle rígido da Sema e do Ibama).

            Os Campos de Várzeas são ecossistemas menos conhecidos, que ficam atrás das florestas, nas áreas interiores das ilhas. Também são sujeitos às inundações provocadas pelas marés e chuvas e oferecem alimento a diversas espécies de aves. Nestes ambientes pratica-se a pecuária bovina e bubalina.

            Os Igarapés cortam as ilhas em todas as direções, levando e trazendo a água das marés. São ecossistemas importantes para o Bailique e é deles que saem muitos dos alimentos das comunidadess, como peixes e camarões.

            Os manguezais são ambientes que aparecem na faixa costeira, no contato com a água salgada. Apesar do mangue no Bailique não ser muito desenvolvido, nem produzir o conhecido caranguejo uca, é local de muita importância na alimentação e reprodução de várias outras espécies.

            Já as praias  que ficam mais expostas quando a maré está baixa, também formam um ecossistema próprio. Nele vivem espécies vegetais e animais característicos com, por exemplo, as tartarugas-da-amazônia que procuram as praias para reproduzir, é o caso das praias da ilha do Parazinho.



            Biodiversidade -  Ninguém sabe exatamente quantas espécies distintas de plantas e animais existem no planeta. As estimativas variam de 10 a 50 milhões, mas até hoje os cientistas só classificaram um milhão e meio de formas diferentes de vida. Florestas tropicais como as do Bailique estão entre os ecossistemas mais ricos do planeta (contém quase a metade de todas as espécies animais e vegetais), mas são também os mais ameaçados.

            Cada ano, 17 milhões de hectares de floresta tropical são desmatados no mundo. Com quase 150 mil km2 de superfície, o Amapá destaca-se na conservação de seu meio ambiente e paisagens naturais, sendo que menos de 2% de sua cobertura florestal foi alterado até o momento, sendo assim o Estado mais preservado do país. Na região do Bailique, as florestas abrigam um incalculável número de esxpécies animais e vegetais. Entre os mamíferos da região estão as pacas, cutias, capivaras e macacos e as preguiças. Já entre os mamíferos aquáticos destacam-se o boto, o peixe-boi, que apesar de raro, ainda pode ser observado alimentando-se da vegetação que se forma na parte submersa das praias.

            Entre os répteis destacam-se as tartarugas e camaleões. Diversas espécies de árvores também encontram abrigos nos ecossistemas do arquipélago, como as araras, garças, guarás e outras, além dos peixes, anfíbios, invertebrados e plantas, entre elas, espécies medicinais.

            A integração entre o Bailique e a capital do Estado se faz a partir de embarcações fluviais que singram, diariamente, o trajeto das ilhas, contornando-se sempre pela costa do Amapá.

quinta-feira, 9 de maio de 2019

TERRA INDÍGENA JUMINÁ



Localizada no município de Oiapoque, foi delimitada em 9 de março de 1989, pela portaria ministerial nº 202, do Ministério da Justiça, abrangendo uma área de 41.601 km2, no município de Oiapoque.


quarta-feira, 1 de maio de 2019

ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DO RIO CURIAÚ


     A Área de Proteção Ambiental do Rio Curiaú foi criada através do decreto estadual nº 1.417, de 28 de setembro de 1993. Compreende uma área de 21.676 hectares, está situada no município de Macapá, aproximadamente a 5 km do perímetro urbano da capital. Uso sustentável. Sob a guarda da Sema.

      Os pressupostos que levaram à criação da APA do Rio Curiaú, basearam-se nos riscos que a expansão urbana da Cidade de Macapá vinha causando à área de abrangência da bacia do rio Curiaú e seus ecossistemas  e ainda, a preocupação em garantir a territorialidade das comunidades residentes, compostas predominantemente por remanescentes de antigo quilombo afro-brasileiro, assegurando-se assim, a integridade dos seus valores e raízes etno-culturais. Seus ecossistemas predominantes são:



            Mata de várzea – apresentando um regime periódico de inundação, destacando-se pela variedade de palmeiras e outras espécies de valor econômico, usadas na alimentação, na medicina ou com outros fins;

            Mata de Galeria – funciona como corredor ecológico e contribui para a manutenção da fauna local;

          Campos alagados – se interligam através de uma rede de canais, lagos temporários e permanentes, abrigando um significativo estoque de peixes, além de serem utilizados como pastagens e atrativo turístico, por sua beleza cênica;

            Cerrado – cuja importância está ligada à proteção das nascentes do Rio Curiaú, além de ser uma das raras amostras deste ecossistema protegido em Unidades de Conservação no Estado

terça-feira, 16 de abril de 2019

AÇORIANOS, PRIMEIROS COLONOS DE MACAPÁ



Os açorianos foram os primeiros povoadores de Macapá, a partir de 1750. Eram oriundos do arquipélago dos Açores, situado no Atlântico Norte, e que constitui atualmente parte do território de Portugal. O primeiro grupo de açorianos chegou em 19 de dezembro de 1751. Eram 302 pessoas, que saíram de Belém para colonizar Macapá. Em 25 de dezembro chegam ao povoado mais 2 mil, com varias cabeças de gado para o desenvolvimento da pecuária.



Em 12 de março de 1773, o grupo sobrevivente de várias epidemias sai de Macapá e migra para Mazagão. Esse êxodo provoca uma fase de decadência em Macapá. O próprio administrador militar de Macapá, sargento-mor Manuel da Gama Lobo d’Almada, abandona Macapá por alguns meses para organizar a população nascente de Mazagão. Em 1856, com a elevação de Macapá à categoria de cidade, já não tinham mais açorianos em Macapá.

MARABAIXO: MAIS RESPEITO À NOSSA CULTURA

Mestres Julião Rams e Raimundo Ladislau O Marabaixo atualmente é a maior expressão cultural do nosso Estado, e em especial de nossa c...