quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Personagens: GENERAL AZEVEDO COSTA (1871 - 1953)



O nome AZEVEDO COSTA a uma das escolas do bairro do Laguinho,
em  Macapá, é uma homenagem ao herói nacional nascido em Macapá

            
Militar macapaense, considerado herói nacional, JOÃO ÁLVARES DE AZEVEDO COSTA nasceu em Macapá, quando esta cidade pertencia ao Estado do Pará, em 14 de novembro de 1871, e faleceu  no Rio de Janeiro-RJ, em 17 de janeiro de 1953. Demonstrou desde cedo o desejo de percorrer o Brasil, conhecer outros lutares, pessoas novas. Viaja para o Rio de Janeiro e senta praça no Exército em 1 de março de 1889, como aluno da Escola Militar.  Foi testemunha ocular da Proclamação da República, ocorrida em 15 de novembro do mesmo ano, um dia depois de ter completado 18 anos de idade.

            Nessa época Azevedo Costa fazia parte da guarda pessoal  do marechal Deodoro da Fonseca. Sob a influência desse marechal, que proclamou a República do Brasil, bacharelou-se em Ciências Físicas e Matemáticas e Engenharia na Escola Militar. Em 1894 é promovido a Alferes. Em 1903 é designado para manter entendimentos com os chefes militares bolivianos sobre a questão de limites com o Acre, cumprindo a missão com brilhantismo, decorrendo dessas negociações a assinatura do Tratado de Petrópolis.

            Visitou a capital boliviana La Paz como representante das Forças Armadas brasileiras estacionadas no Acre. Sua ação como mediador foi tão importante que mereceu elogios do diplomata brasileiro José Maria da Silva Paranhos Júnior, o Barão do Rio Branco. Nomeado membro da Comissão de Limites, levantou a topografia da zona fortificada do norte do Brasil, ocasião em que foi designado para o comando da Fortaleza de São José de Macapá.

            Nessa ocasião, ao ver o abandono em que se encontrava sua terra natal, teve a mesma reação do médico e jornalista macapaense Alexandre Vaz Tavares. Convocou os jornalistas José Antonio de Cerqueira (Siqueira), Joaquim Francisco de Mendonça Júnior, o manjor José Serafim Gomes Coelho, o coronel José Coriolano Jucá e outros amapaenses importantes para se juntarem nos trabalhos de recuperação da cidade, começando com o apoio para fundação do jornal Pinsonia.

            Retornando para o Rio de Janeiro, acompanhou as lutas políticas dos presidentes Afonso Pena, Nilo Peçanha, Hermes da Fonseca, Venceslau Brás e Delfim Moreira dentro do quartel. No governo de Epitácio Pessoa, houve o movimento denominado Tenentismo, dos oficiais das Forças Armadas, em 5 de julho de 1922, com o levante do Forte de Copacabana. Deu-se, posteriormente, a rebelião de 1924, no governo do presidente Arthur Bernardes e, logo em seguida, a Coluna Prestes. Com o presidente Washington Luiz veio a CGT sobre a influência do Partido Comunista Brasileiro, levantando os trabalhadores e criando os sindicatos, gerando a Revolução de 1930, a era Vargas, o golpe do Estado Novo e a Constituição de 1937. Ele vivenciou todo esse período de mudanças para o país.

Aplaudiu, em 1943, como macapaense, a criação do Território Federal do Amapá e a nomeação de seu amigo e colega de farde Janary Gentil Nunes,  e declarou à imprensa ‘” O Amapa´está bem servido com o meu jovem Tenente”.

O coroamento da sua vida foi a promoção a General-de-Exército, colocada em seu peito pelo presidente Getúlio Vargas. Após o ato  solene declarou:  “Agora poderei partir a qualquer momento para a posteridade; recebi de volta a recompensa que me era devida pela carteza do dever cumprido”.

Faleceu aos 82 anos. Em homenagem, o governador Janary Nunes o homenageou, dando seu nome ao então Grupo Escolar, no bairro do Laguinho, denominado Geupo Escolar General Azevedo Costa.

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