domingo, 9 de junho de 2019

MARABAIXO: MAIS RESPEITO À NOSSA CULTURA

Mestres Julião Rams e Raimundo Ladislau


O Marabaixo atualmente é a maior expressão cultural do nosso Estado, e em especial de nossa cidade de Macapá. Hoje temos até mesmo o Dia do Marabaixo, em homenagem às nossas comunidades afro que sempre estiveram presentes nos momentos mais importantes de nossos intercursos históricos. Mesmo assim, os marabaixeiros tiveram vários problemas de identidade, tanto em relação ao Estado, que queriam restaurar a sua dominação política, como a própria Igreja Católica, que via, nas manifestações, uma ameaça aos cultos cristãos e à vida social da população como um todo.

             Raimundo Ladislau e Julião Thomaz Ramos – ou Julião Ramos, foram grandes pilares do nosso Marabaixo. Mestre Julião nasceu em Macapá em 1890, e se tornou líder da comunidade negra e representante do Marabaixo. Era casado com Januária Simplício Ramos da comunidade do Curiáu, e teve seis filhos: Felícia Amália Ramos, Alípio de Assunção Ramos, Apolinário Libório Ramos, Benedita Guilhermina Ramos e Joaquim Miguel Ramos, Benedita Guilhermina Ramos, a Tia Biló.

A iniciativa de mudar parte da população para o Laguinho, tinha interesses bifurcados: por uma lado representava as melhorias urbanas na frente da cidade e o crescimento urbano em outros lados. Por causa do movimento politico organizado, o traslado da população negra da orla de Macapá aconteceu de forma “pacífica”, pois Janary conseguiu convencer Julião Ramos a ser seu aliado nesse empreendimento. Esse remanejamento inspirou até mesmo no que se tornou o hino popular do Marabaixo, pela lavra de Mestre Ladislau: “Pra onde tu vai, rapaz”.


            No geral, o Laguinho era uma área com muita roça, e um lago
onde as mulheres lavavam as roupas. Por isso, grande parte da população negra decidiu se transferir para este lugar, mesmo que este fosse um espaço sem infraestrutura urbana para recebê-los. Outra parte resolveu seguir Gertrudes Gaia, que resolveu se fixar “nos campos da Favela”, originando o outro grupo de Marabaixo que inicialmente foi adversário, mas aos poucos foi contornado, servindo, durante o Ciclo, de complementação, com a união das duas bandeiras: do Espirito Santo e da Santíssima Trindade.

            Se no inicio os moradores do  Laguinho se viram excluídos dos benefícios de urbanização do Amapá Território, nos dias atuais o bairro do Laguinho é considerado um bairro com posição privilegiada, por estar próximo do centro da cidade, além de ser um território negro com expressivas manifestações culturais de matriz africana.

Mas relação do Marabaixo do Laguinho com o Estado durante o governo
Janary não se resume apenas nas negociações com o mestre Julião para o remanejamento. Outras ações foram efetuadas ou propostas pelo governador com o objetivo de atrair essa comunidade. A relação entre cultura e Estado tem despertado o interesse de pesquisadores para investigação e interpretação. Os estudos históricos sobre esta relação visam elucidar as ações do Estado sobre as manifestações, tradições, e saberes populares, e as implicações dessas
intervenções.


Assim, na administração de Janary Nunes as festas tradicionais da cidade, como o Marabaixo, passaram a integrar o calendário cívico do governo. A valorização da cultura local pelo poder publico, principalmente das festas religiosas, era um caminho de aproximação da população amapaense.

Em sua viagem a Macapá na década de 1950, o sanfoneiro Luiz Gonzaga esteve no bairro do Laguinho e assistiu a uma apresentação de Marabaixo. Neste período, Luiz Gonzaga ganhou destaque nacional com o estilo regional nordestino conhecido como o “baião”. Um fator favorável ao futuro proeminente de Gonzaga foi o incentivo do Estado e o apoio dos intelectuais do país, pois sua música era representativa para a nacionalização da música brasileira. Com isso, o cantor passou a fazer parte da Rádio Nacional, que era um instrumento vital do Estado Novo getulista para integração nacional, pois tinha o papel de irradiar as músicas regionais para todo o Brasil.

Com esse destaque nacional, Luiz Gonzaga gravou o ladrão de Marabaixo ‘Aonde tu vai rapaz’, conhecida por ele durante a sua visita ao bairro do Laguinho, e compôs, juntamente com o advogado Humberto Teixeira, a música chamada ‘Macapá’, em homenagem ao capitão Janary Nunes, que foi lançada na Rádio Nacional.

Julião Ramos e esposa sendo entrevistados por Nunes Pereira

 Outra ação do governo territorial destinada ao Marabaixo foi o apoio para o lançamento do livro de Nunes Pereira ‘O Sahiré e o Marabaixo’, publicado em 1951. Nunes Pereira era etnólogo e viajou pela Amazônia por quase 40 anos. Com o apoio do governo territorial, o livro foi lançado com o objetivo de criar um auditório para exibir e conservar a dança do Marabaixo e do Sahiré. Mas este objetivo não foi alcançado. Entretanto, vale destacar que este foi um  trabalho de grande contribuição para o conhecimento das manifestações culturais do Amapá, pois, além de ter sido um trabalho pioneiro, trouxe impressões acerca do Marabaixo e Sahiré no final da década de 40 que ajudam os trabalhos de pesquisadores da cultura local.

            Percebe-se nesse período, que a proximidade entre Janary Nunes e Julião Ramos além de ajudar no remanejamento das famílias do centro histórico de Macapá, trouxe mais visibilidade para o Marabaixo do Laguinho, mas essa visão atual foi resultado de várias outras, prós e contra, porque o que estava em jogo era a desvalorização do povo negro, e o necessário remanejamento deles da frente da cidade. Certos estudiosos da cultura negra no Amapá chegam a se perguntar: E se a população da orla fosse totalmente branca, o tratamento seria outro? Eles sairiam – como aconteceu com o povo negro --, ou permaneceriam no local? Esses pequenos focos de resistência ainda encontram ressonância na nossa memória.


 IGREJA CATÓLICA E MARABAIXO

Com a chegada dos primeiros missionários do Pontifico Instituto das Missões Estrangeiras (PIME) em 1948, a cultura negra local sofreu mais ameaças, e desta vez bem profundas. Se alguém tiver oportunidade, leia a obra de Fernando Canto, ‘A Água Benta e o Diabo’.  Para os missionários, o Marabaixo era uma manifestação popular profana e imoral, que devia ser combatida. Antes da represália da Igreja Católica, o Marabaixo era realizado na frente da Igreja de São de José de Macapá. Chegou um tempo em que os padres não deixavam os marabaixeiros entrarem na Igreja. E um dos episódios que marcou a história dessa relação foi a quebra da coroa do Divino Espirito Santo pelo vigário belga padre Júlio Maria Lombaerd, que na época causou grande revolta nos marabaixeiros e fiéis do santo.

Para efetivar a repressão, em 1950 o primeiro bispo de Macapá D. Aristides Piróvano, condenou as festas religiosas populares através de uma carta pastoral. E ainda, criaram um periódico que massificava as ideias cristãs e condenava todas as demais formas de manifestações religiosas que contrariassem a ética eclesiástica. Mesmo assim, Julião Ramos, que fazia parte da Irmandade do Sagrado Coração de Jesus, continuou a praticar e a realizar as festas de Marabaixo, e por sua resistência, a Igreja decidiu expulsá-lo da Irmandade.  

As ações da Igreja Católica provocaram uma serie de mudanças na organização do próprio CICLO DO MARABAIXO. A festa passou a ser realizada na casa dos festeiros; a capoeira (“carioca”) , que era jogada na frente da Igreja de São José, deixou de existir, e o local em que a murta era apanhada foi modificado.

As relações e aproximações da Igreja Católica com o Marabaixo só começaram a mudar para melhor, a partir do momento em que as igrejas passaram a ser comandadas por padres amapaenses, como os padres Aldenor Benjamim e Paulo Roberto Matias. Inclusive se tornou tradição, na Semana da Consciencia Negra, o padre Paulo Matias celebrar, todos os anos, a ‘Missa do Quilombo’, com a presença de sacerdotes dos cultos afros.

Mas, anos depois, os marabaixeiros da Associação Raimundo Ladislau tiveram um conflito com um padre italiano da Igreja São Benedito. Segundo a marabaixeira Daniela Ramos, eles tiveram que resistir para manter as tradições e realizar a festa, que foi fortemente combatida pelo padre italiano do Pime, da ala conservadora da Igreja, que não queria que as imagens símbolos do Marabaixo fossem para o templo de São Benedito, um santo de nacionalidade negra. A comunidade laguinhense se revoltou, o assunto foi bastante divulgado na Imprensa, e o bispo, ouvindo os apelos da população, trocou o vigário da igreja, e a paz voltou a reina “nos campos do Laguinho”.

            Novamente, neste ano, o grupo de Marabaixo teve outra surpresa: o vigário da Paróquia de Jesus de Nazaré – e só podia ser italiano --, resolveu proibir o acesso de brincantes com bandeiras, imagens, indumentárias e adereços, no interior do templo. Houve novas manifestações, e estamos esperando o pronunciamento do bispo,  para deliberar se ainda existe a harmonia entre a Igreja e os cultos afros, pois o próprio Papa Francisco se manifestou, em várias ocasiões, de que as igrejas não podem proibir acessos de pessoas, seja de quais culturas forem, para seus sacrifícios e manifestações, já que a conversão e as “prestações de conta” com Deus serão sempre individuais, e não cabe, portanto, a uma autoridade eclesiástica a censura de pessoas nos templos.

Como vimos, o Estado e a Igreja tomaram decisões no passado, que impactaram a comunidade negra desde a década de 40, mas a resistência dos queridos e amados afrodescendentes forçou ambas autoridades a repensarem seus pontos de vista. Assim, surgiram entidades como a União dos Negros do Amapá (UMA), o Centro de Cultura Negra, a secretaria estadual de Governo que cuida da integração dos afrodescendentes (Seafro) e o Instituto Municipal de Promoção da Igualdade Racial (Improir), como instrumentos de promoção, interação e manutenção da cultura. Por meio da Assembleia Legislativa do Estado, e com a sanção governamental, já temos, em nosso calendário cultural, o  16 de junho como Dia Estadual do Marabaixo (Lei Estadual nº 049/2010).

Atualmente, a festa do Ciclo do Marabaixo em Macapá, realizada nos bairros do Laguinho e Favela, representa uma forte manifestação cultural dos negros amapaenses. Esperamos que nossos queridos e amados ancestrais, assim como nossos afrodescendentes atuais, possam exercer livremente suas manifestações culturais, e recebam aprovação pacífica e carinhosa da população, que tem, no seu maior conteúdo étnico, a presença afro.

Texto: Edgar Rodrigues

quarta-feira, 5 de junho de 2019

BIODIVERSIDADE NO AMAPÁ

APA da Fazendinha


A diversidade biológica, nada mais é que a variedade de genes, espécies e ecossistemas que fazem parte da biosfera. A biodiversidade pode ser medida pelo número total de espécies vivas nos ecossistemas terrestres e aquáticos, determinando que os ecologistas chamam de “a riqueza total do planeta”. O Estado do Amapá possui uma grande biodiversidade, até agora preservada, mas ameaçada aos poucos pelas mineradoras multinacionais.
            Em 4 de fevereiro de 2000, o jornal Correio Braziliense publica reportagem sobre o Amapá, abordando o novo modelo de desenvolvimento sustentável que o governador João Alberto Capiberibe tenta implantar no Amapá, e sobre a situação atual do Projeto Jarí, com o título “Nascimento da Florestania” (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)        
            Em 21 de abril de 2000, A revista “Le Point”, da França, publica reportagem com o título “Amazonie, Le Miracle de Amapá”  (Amazônia, o Milagre do Amapá), assinada pelo jornalista Alex Gylden, falando sobre o desenvolvimento do Amapá seguindo um modelo de sustentabilidade. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)
APA do Rio Curiaú

            Em 4 de junho de 2000, o jornal Gazeta Mercantil publica notícia sobre a exploração racional do palmito que vem sendo processada no Amapá, obedecendo ao novo modelo de Governo, e os efeitos positivos para a floresta amapaense. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com).
            O jornal New York Times, de 17 de junho de 2000, publica reportagem assinada por Simon Romero, intitulada ‘Brasil tenta explorar os produtos da Amazônia’ sobre a Sustentabilidade do Amapá, (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)
            O jornal Le Figaro, da França, de 18 de junho de 2000, publica reportagem sobre o Amapá, intitulada “Ações do Governo do Amapá na exploração racional dos recursos da floresta sem destruí-la”. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com).
            O jornal “Folha de São Paulo”, de 20 de junho de 2000, publica reportagem de Virgilio Vianna, intitulada “Os Caminhos para Nossas Florestas”, dando destaque à prática do manejo florestal e industrialização racional de produtos florestais do Amapá. (Posso fornecer cópia se pedirem para o meu e-mail Edgar.rodrigues2017@gmail.com)

Indios Wajapi

ALGUMAS NOTAS SOBRE A AGRESSÃO À BIODIVERSIDADE DO AMAPÁ

            Em 3 de julho de 1997, a  Prefeitura de Santana solicita à Icomi informações sobre a viabilidade desta empresa conceder rejeitos de manganês na quantidade de 4.006 metros cúbicos, para utilizar em asfaltamentos de vias públicas: o ofício nº 076/97 Semosp PMS.
14 de julho de 1997 -  A Icomi, em resposta ao ofício da Prefeitura de Santana (ver 3 de julho) solicitando aquisição de rejeito de manganês para utilizar em asfaltamentos de vias públicas, informa que está com o material à disposição ao preço de R$ 15,00 por metro cúbico (Carta CRDGL 007/97). Ver 18 de dezembro de 1997.
            10 de dezembro de 1997 -  Pela lei nº 388/97, o Governo do Estado cria a Lei de Biodiversidade, estabelecendo a competência do Poder Executivo de preservar a diversidade, a integridade e a utilização sustentável dos recursos genéticos localizados no Estado e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético.
18 de dezembro de 1997– O cidadão Robério Aleixo Nobre encaminha denúncia à Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente),  de que a Prefeitura de Santana está aterrando ressacas com rejeitos de manganês. Nesse período, a Sema também recebe denúncia anônima de que estudos contratados pela Icomi detectaram contaminação por arsênio em lençóis freáticos da área industrial de Santana.
19 de dezembro de 1997– A Sema notifica o prefeito de Santana, Judas Tadeu Medeiros, para comparecer no dia 22 para tratar da denúincia, feita por Robério Aleixo (Ver 18 de dezembro de 1997), de que a prefeitura estaria aterrando ressacas com rejeito de manganês.
22 de dezembro de 1997– O prefeito de Santana, Judas Tadeu, comparece à Sema para apuração de denúncia sobre aterro de ressacas com rejeito de manganês, e é orientado a não utilizar o rejeito do manganês.
29 de dezembro 1997– A Sema notifica a Icomi para comparecer na Secretaria no dia 30, para tratar de assuntos relacionados a doações de manganês e renovação de sua licença de operação. Nessa notificação a Sema proíbe peremptoriamente as doações de manganês pela empresa.
            30 de dezembro de 1997 – A Icomi comparece a uma audiência marcada pela Sema, e é orientada a não usar os rejeitos  de manganês, e é solicitado ao secretário de Meio Ambiente análises de solos e água para avaliação do material.
            20 de janeiro de 1998 – A Sema exige da Icomi, no prazo de 30 dias, as características físico-químicas, interação com o meio ambiente, riscos e problemas à saúde, quantidades existente e doada do manganês existente em Santana (Ofício nº 021/GAB/Sema).
            20 de fevereiro de 1998 – Em solicitação ao ofício nº 021, da Sema, a Icomi envia um relatório parcial elaborado pela JAAKKO POYRE ENGENHARIA, como uma primeira tentativa de atender a exigências da Sema.
            30 de março de 1998  A Icomi envia à Sema, através de carta, um aditamento ao relatório parcial, chamado Estudo 12940-EJPE-1800, que acusa ter recebido no dia 25 de março de 1988. Nessa carta, a Icomi admite a necessidade de manter sustada a doação do material à Prefeitura de Santana, pois a destinação dada foi diversa da solicitada, e que já existem elementos que indicam a pertinência desta decisão.
            Maio de 1998 -  É criado o Batalhão de Polícia Ambiental, para fiscalizar o meio ambiente.
20 de maio de 1998  A Icomi envia à Sema uma longa carta relatando resumidamente diversos aspectos inerentes à área industrial de Santana. Nessa carta, a Icomi relata a instalação, na década de 70, de uma usina pioneira na produção de pelotas de manganês, desativada após 10 anos de operação e que também instalou na área industrial um forno elétrico para produção de ferro ligas e uma unidade de sinterização. Ainda nessa carta a Icomi informa como se deu o processo de desapropriação privada desta área industrial-portuária e da sua venda à Champion, compradora da AMCEL, ocorrida no dia 20 de novembro de 1996. Relata que, apesar das venda, a Icomi ficou como comodatária por um tempo de 5 anos para atingir vários objetivos contratuais. O terceiro desses objetivos seria o de realizar uma auditoria ambiental para determinar a contaminação de solo e lençol freático e a solução dos possíveis problemas.
Para realizar a auditoria Ambiental a Icomi contratou a JAAKKO POYRY ENGENHARIA Ltda que trabalhou durante o ano de 1997 e primeiro quadrimestre de 1998, identificando teores anômalos de manganês, ferro, arsênio e orgânicos, nas análises químicas de amostras de águas subterrâneas da área industrial de Santana.
A Icomi explica também que o Arsênio é resultante dos rejeitos dos processos de pelotização e sinterização existentes na bacia de rejeitos finos e entorno ocorridos até 1997.
            4 de julho de 1998  No período de 4 a 5, é realizado no Teatro das Bacabeiras o Encontro Internacional de Direito Ambiental na Amazônia, reunindo mais de mil e quinhentos participantes de sete países: Angola, Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França e Portugal.

MARABAIXO: MAIS RESPEITO À NOSSA CULTURA

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