sábado, 17 de fevereiro de 2018

Personagem: PROFESSORA GUÍTA (RAIMUNDA MENDES COUTINHO)



A pioneira Raimunda Mendes Coutinho ou Professora G u í t a, como foi conhecida, era natural de Macapá, onde nasceu no dia 17 de fevereiro de 1912. Filha de João de Azevedo Coutinho e D. Sophia Mendes Coutinho. Estudou o primário no colégio das Freiras e o curso normal na Escola Normal de Macapá, nos anos de 1950 a 1954. Participou de 11 Cursos de Férias para professores primários, recebendo o diploma de Especialização durante o 13º Curso a 25 de janeiro de 1955.

Fez cursos de Secretariado Escolar; Atualização de Professores em 1966; Treinamento de Secretárias, 1974; participou, ainda, de Encontros e Seminários promovidos pelo Governo do Amapá. Exerceu a atividade de professora no Grupo Escolar de Macapá, no período de 1944/1949 e 1980, respondendo pela titular; Secretária Grupo Escolar Barão do Rio Branco em 1967 e 1974. Exerceu o cargo de Diretora do Grupo Escolar Getúlio Vargas, que funcionava no anexo do Colégio Amapaense e do Grupo Escolar Alexandre Vaz Tavares.


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Sobre seu apelido, ela mesmo comentava, que professora “Guíta”, foi um apelido carinhoso que seus familiares, amigos e alunos lhe deram;  que teve inúmeros momentos felizes e um deles foi ter alcançado 100% de alunos aprovados durante 3 anos.
Professora Guita sentia-se honrada de fazer parte do grupo de pioneiras, entre as quais as professoras Acinê Garcia Lopes de Souza, Maria Lúcia Brasil, Oneide Medeiros, Julieta Borges, Graziela Reis de Souza, Aracy de Mont'Alverne, Esther Virgolino, Predicanda Amorim Lopes, Annie Viana, Risalva Amaral e muitas outras que contribuiram com o progresso do Amapá.

(Fonte: Livro Personagens Ilustres do Amapá Vol. 1, de Coaracy Barbosa - edição 1997).

Personagem: ESTÁCIO VIDAL PICANÇO, UM DOS PRIMEIROS HISTORIADORES


Professor, desportista e pesquisador histórico, ESTÁCIO VIDAL PICANÇO nasceu em Santana-AP, em julho de 1936, no período em que Santana pertencia ao município de Macapá. Faleceu em Macapá, em 17 de fevereiro de 2004, Filho do professor Rafael Arcanjo Picanço  e Tereza Monteiro Vidal Picanço. Começou a estudar com seus pais e, quando se transferiram para Macapá, foi matriculado no Grupo Escolar Barão do Rio Branco. Concluiu o ensino médio, com o curso de Técnico em Contabilidade, pelo então Colégio Comercial do Amapá.[1] Em 1965 participa do Curso de Aperfeiçoamento do Ensino Secundário – CADES, ministrado pela então Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Pará, recebendo o certificado de Licenciatura (curta) em História

Como líder estudantil, é eleito presidente do Grêmio Literário e Cívico Acilino de Leão, da antiga Escola Técnica de Comércio. Como desportista, foi atleta de futebol, jogando na posição de goleiro, no Juventus, no São José, e no Amapá Clube, e foi aí que recebeu o apelido de Mucuim.



Começa a trabalhar aos 15 anos,. Na Radional, onde permaneceu três anos. Ingressa no quadro de funcionários do Governo do Amapá em 1 de abril de 1957, aos 21 anos, na função de apontador-diarista.. Após concluir o curso da CADES, passa a lecionar no então Instituto de Educação do Território do Amapá-IETA, no Colégio Amapaense, Escola Integrada de Macapá, Colégio Comercial do Amapá, Ginásio Castelo Branco e Escola Alexandre Vaz Tavares. Preparou-se profissionalmente para as áreas de Estudos Sociais, História e Geografia.  Submeteu-se a exames de suficiência, conseguindo certificado para o Magistério do Ensino Médio, sendo treinado em recursos audiovisuais. A partir daí passa a realizar vários cursos de atualização na sua área.
Assume vários cargos na área de cultura, na Educação do ex-Território, Foi um dos fundadores de atividades de Teatro Amador no Amapá, em 1963. Em 14 de maio de 1973, foi designado pela Portaria n 713, para fazer o levantamento  de pesquisas da História do Amapá, juntamente com Raimundo Adamor Picanço  e Horácio Marinho Ferreira.  Em 1982 foi  designado para  levantar os dados patrimoniais e históricos da vila de Mazagão Velho.

Foi um dos membros fundadores do Conselho de Cultura. Tem vários artigos publicados nos jornais Amapá, Mensagem do Amapá, Marco Zero e Jornal do Dia. Entrou na Política, mas não conseguiu se eleger. Foi casado com Francisca de Oliveira Picanço, que lhe deu os filhos Tereza Cristina, Maria Roberta, Margarida Heuriette, Estácio Janary, Otaviana, Rafaela e Fernanda Gabriela. Iniciou o rascunho do livro “Lendas e Mitos do Amapáj” que, por falta de recursos e apoio, não foi publicado.

Obra publicada: Informações sobre Historia do Amapá.
Autor da letra do Hino da Escola Estadual Vaz Tavares, musicalizado por Mestre Oscar.


[1] Hoje Escola Estadual Gabriel Café.

GUARDA TERRITORIAL: 74 ANOS DE HISTORIA... E SAUDADES.




A segunda corporação paramilitar  a existir no Amapá, a GUARDA TERRITORIAL foi criada através do decreto-lei nº 5.839, de 21 de setembro de 1943, pelo presidente Getulio Vargas, e implantada em Macapá em 17 de fevereiro de 1944, pelo coronel Janary Nunes, primeiro governador do Amapá. De caráter civil, a Guarda Territorial, ou mais conhecida como GT, abrigava jovens que mesclavam suas missões de segurança pública e construção civil.



 Em 29 de julho de1950 é criada a Banda de Música da Guarda Territorial, com o nome A Furiosa, com efetivo inicial de 25 músicos.[1]  A corporação tinha como principais finalidades: Proteger a vida e a propriedade dos habitantes do Território do Amapá; Prevenir qualquer atividade contrária à ordem publica e as leis do país; Policiar os costumes; Cooperar na execução de obras públicas; Manter vigilância e defender os bens do Território e suas autoridades.



 A partir da implantação deste plano, a GT ganhou contorno de um órgão de segurança pública. O serviço de policiamento passou a ser realizado pela Guarda Territoral, apoiando as delegacias, com armamento e pessoal de apoio. Os delegados eram oficiais, enquanto que os comissários eram inspetores da Guarda. Em 1945, todas as sedes dos municípios foram dotados de um delegado, um escrivão e guardas.

Em 1º de março de 1963 é criada a equipe noturna da GT, sendo primeiro comandante, o 1º sargento GT Manuel dos Santos Brito. Os GTs souberam demonstrar, ao longo dos anos, o valor do pioneirismo, diante das dificuldades apresentadas ao advento da criação do Amapá, através da união, destemor e ordem.



A corporação teve sua vigência até 26 de novembro de 1975, quando foi criada, através da lei nº 6.270, a Policia Militar do Amapá. Em 17 de maio de 2004, aconteceu o Primeiro Encontro dos ex-integrantes da Guarda Territorial, por ocasião da abertura das comemorações dos 222 anos da Fortaleza de São José de Macapá


[1] OLIVEIRA, Adamor, Tesouros de Memórias, Fortaleza, Premius Editora, 2013, Página 168.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

ESCOLA RISALVA AMARAL, 4 ANOS FORMANDO E EDUCANDO NO AMAPÁ




PERFIL DA PATRONA:

          A professora RISALVA FREITAS DO AMARAL nasceu em 5 de abril de 1920,na cidade de São Benedito (Ceará), e faleceu em Macapá, em 13 de janeiro de 2010. Filha de Floro Rodrigues de Freitas e Odilha Aragão de Freitas. Iniciou seus estudos no Colégio das Irmãs Dorotéias e em 1934 foi transferida para a Escola Normal Justiniano de Serpa, depois Instituto de Educação do Ceará, formando-se em Normalista em 14 de dezembro de 1940, dedicando ao magistério toda sua vida.


Em 28 de fevereiro de 1953 chega a Macapá, acompanhando o marido, tenente Amaral, destacado pela Aeronáutica para coordenar a construção do campo de pouso do município de Amapá, onde iniciou sua vida no magistério. Em seguida, transfere-se para o Oiapoque, depois para Macapá, onde atuou na Educação durante 30 anos, sendo 28 na sala de aula e dois coordenando assuntos culturais.

            Em Macapá, as escolas onde lecionou foram: Alexandre Vaz Tavares, Escola Doméstica (hoje Santina Riolli, antes Ginásio Feminino de Macapá); Colégio Comercial do Amapá (hoje Escola Gabriel Café), Colégio Amapaense (por quase 10 anos), e Coaracy Nunes, aposentando-se em 1982, após trabalhar, por dois anos, com a professora Maria Inerine Pereira, no antigo Departamento de Ação Complementar da Secretaria de Estado da Educação.


Em 24 de abril de 2008,  lançou sua obra “Retalhos de uma Vida”, de poesia e prosa.

HOSPITAL ESCOLA SÃO CAMILO E SÃO LUIZ - 49 ANOS



O Hospital Escola São Camilo e São Luís foi construído pelo Dr. Marcello Candia, rico industrial de Milão, na Itália, que se desfez de suas propriedades para aplicar o resultado numa obra missionária. O hospital foi edificado sob a égide de Prelazia do Macapá, no Amapá, constituída pelos padres do PIME - Pontifício Instituto para missões Estrangeiras, todos italianos. A inauguração ocorreu no dia 7 de fevereiro de 1969.

Após dois anos de funcionamento, o Dr Marcello Candia entendeu que não tinha conhecimentos suficientes  para administrar o hospital. Recorreu então aos religiosos camilianos de São Paulo e estes enviaram ao local dois padres médicos.Após algum tempo, doou o hospital à Sociedade Beneficente São Camilo que o mantém até hoje.

Em 1975, o hospital fundou uma escola de técnicos de enfermagem.O nome do hospital escola deveu-se ao fato de este servir como campo de estágio para acadêmicos de medicina de diversos Estados do Brasil.
A grande extensão territorial do Estado do Amapá sugeriu a implantação de atividades de saúde comunitária por meio da instalação de postos de saúde em várias localidades.

A ordem de Malta doou ao hospital um barco laboratório que se chama São João Batista para que o padre camiliano médico Raul Matte visite as ilhas ao redor da Ilha do Marajó e leve assistência médica e religiosa à população daqueles lugares, que em geral é muito carente.

Entidades da Áustria e de outros países patrocinam a realização permanente de cursos de formação de parteiras e de agentes de saúde comunitária.
Em setembro de 2004 realizou o seu  Congresso Anual de Pastoral da Saúde com a presença de mais de 200 pessoas.

Dia 29 de outubro de 2005, levou a efeito diversas inaugurações envolvendo: Clínica Obstétrica, Ambulatório Saõ Camilo ll com 10 consultórios e a Clínica Ana Néri com apartamentos para a internação de beneficiários de convênios e particulares.

Em novembro de 2006, inaugurou um novo Pronto - Socorro, mais cinco suítes para convênios e um Centro de Diagnóstico. Já em novembro de 2007 procedeu à inauguração de uma UTI neonatológica, um pré-parto e uma hidroterapia com àgua aquecida.
Marcelo Candia, construtor do hospital




terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

TRIBUNAL DE CONTAS DO AMAPÁ, 27 ANOS DE HISTÓRIA


O Tribunal de Contas do Estado foi criado em Macapá, em 6 de fevereiro de 1991, pelo decreto estadual nº 31 A existência do Tribunal de Contas do Estado (TCE) está respaldada no artigo 70 da Constituição do Estado. É é um órgão de auxílio técnico do Poder Legislativo, e tem o encargo de zelar pela correta aplicação dos recursos que o cidadão amapaense recolhe aos cofres públicos. Tem autonomia administrativa e financeira, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território do Estado do Amapá.

O TCE serve ainda para auxiliar no controle externo da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado do Amapá, e das entidades da Administração direta e indireta. Funciona na capital do Estado, com jurisdição em todos os municípios amapaenses. Em 3 de fevereiro de 1992, o TCE passa a trabalhar com o pessoal de apoio,l aprovado em concurso público ocorrido no ano de 1991.

Prédio anexo

A instituição é composta de  sete conselheiros, além de auditores, inspetores, economistas etc. A direção do TCE foi composta inicialmente pelos conselheiros Margareth Santana dos Santos (primeira presidente), Luís Fernando Pinto Garcia (primeiro vice-presidente) e José Veríssimo Tavares (corregedor). A organização básica do Tribunal é o Plenário, Câmaras, Presidência, vice-presidência, corregedoria, gabinete dos Conselheiros, Ministério Público, Auditoria, Secretaria Geral e Consultoria Técnica.

 Apesar da nomenclatura, as decisões do Tribunal de Contas não são decisões judiciárias, porque ele não julga, e sim examina as contas, emitindo um parecer prévio. Não profere julgamento nem de natureza cível, nem penal. As decisões dizem respeito às regularidades das contas e não sobre a imputação dessa responsabilidade. O TC resolve sobre a existência material do delito, fornecendo subsídios ao Judiciário, que julgará o responsável.




A sede própria, localizada na av. FAB com a Odilardo Silva,  foi inaugurada em 31 de julho de 1993.

sábado, 3 de fevereiro de 2018

MEMÓRIA: D. ARISTIDES PIRÓVANO, O PRIMEIRO BISPO DE MACAPÁ


Dom Aristides Pirovano nasceu em Erba, Província de Como e Arquidiocese de Milão, no dia 22 de fevereiro de 1915, e faleceu em Roma, em 3 de fevereiro de 1997. A sua infância foi marcada pelos compromissos escolares e vivida numa família cristã. Ao chegar a sua casa, aos 17 anos de idade levou um choque pelo falecimento de seu pai, vítima de atropelamento. Encaminhado para exercer trabalhos manuais para auxiliar a economia doméstica, começou a descobrir a dureza da vida, os desníveis sociais. Nesse exato momento desabrochou nele a vocação para a vida sacerdotal e decidiu ingressar no Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras - PIME, com sede em Milão.


Concluiu o currículo filosófico e teológico ordenando-se padre em 20 de dezembro de 1941. Não podendo partir para as missões por causa da guerra, ficou na espera forçada, defrontando-se com as tragédias que assolavam o país. Seu amor pela liberdade foi o motivo de se insurgir contra as formas de violência, integrando-se ao grupo dos "partigrami" que se dedicava a salvar vidas e ajudar os injustiçados. Foi preso e teve a sorte de ser protegido pelo Cardeal Schuster, que o soltou com recomendação de não continuar nessa luta. 




Com o término da guerra, aceitou o convite do papa para atender as populações da América Latina, junto com o Pe. José Maritano, e o pe. Attilio Garré. Fixou seu coração na Amazônia, suas sugestões foram acolhidas pela direção geral do PlME que aceitou o compromisso de destinar seus missionários para o Estado do Amazonas e o recém-criado Território do Amapá. No dia 29 de maio de 1948, chega a Macapá, acompanhado de pe. Arcângelo Cerqua e no dia 19 do mês seguinte chegavam os padres Vitorio Galliani, ngelo Bubani, Carlos Bassanini, Luiz Vigano, Mário Limonta, Lino Simonelli, Jorge Basile e o irmão Francisco Mazzoleni. Foi assim que o Pe. Aristides Pirovano mereceu sua nomeação de Superior dos Missionários do Amapá. O Território com uma vasta extensão de terras, era assistido espiritualmente pelos padres José Beste e Hermano Elzink, ambos idosos.


Com a chegada desse reforço, melhorou o atendimento às populações distantes que pediam a presença dos padres. O grupo não poupou energias e se dedicou à evangelização, à educação e à formação da família. Vieram outros para participar do trabalho: ngelo Négri e Simão Corridori em 15.12.1948; Pedro Locati e Antônio Cocco em 18.12.1948, que se espalharam por todos os quadrantes do Amapá enquanto os amapaenses assistiram a esses homens de batina, carregando tijolos, fazendo massa, construindo igrejas, batizando, crismando e casando. 




Foi por esse trabalho dedicado à promoção humana que se formou uma nova circunscrição eclesiástica na Amazônia. Aristides Pirovano organizou paróquias em lugares estratégicos; designou os párocos; construiu o Seminário "São Pio X"; apoiou o governo na contratação das irmãs para a Escola Doméstica e Hospital Geral. Criou clubes esportivos, cinema, jornal, rádio e o pensionato São José.


Comandou tudo isso, primeiro como superior dos Missionários, nomeado em 29.05.48 como Administrador Apostólico em 14.01.1950 e como Bispo prelado em 21.07.1955. Registra-se também o seu trabalho e dedicação aos hansenianos da Colônia de Marituba que mereceu os elogios das autoridades paraenses. No dia 2 de abril de 1965 deixa o Território e assume o cargo de Superior-Geral do PlME em Roma. Dom Aristides Pirovano faleceu no dia 3 de fevereiro de 1997.


IMPÉRIO DO POVO, 25 ANOS DE SAMBA NO PÉ


A ASSOCIAÇÃO RECREATIVA ESCOLA DE SAMBA IMPÉRIO DO POVO foi fundada, como Escola de Samba, em Santana, em 3 de fevereiro de 1993. As cores oficiais da instituição são o verde e o branco. A nova escola foi constituída por um grupo dissidente da Escola de Samba Império Santanense, que chegou a participar do desfile oficial das Escolas de Samba de Macapá, conseguindo o segundo lugar.

Do grupo dissidente destacam-se: Rosivaldo Braga, Belcivaldo, Rogel Braga, Ricardo, Kito do Império, Roosevelt, Fernando Pinto, Ancelmo, Marinelza, Marco Antonio, Antonio Arinaldo, Carlos Lubi, Odenilson, Antonio Wilson, Paulino e vários outros moradores do bairro comercial de Santana, que formavam o Bloco do Povo, considerada a  instituição que foi transformada em escola de samba. O Bloco do Povo participava com brilhantismo, do carnaval de Santana, rivalizando com o Bloco Constituinte a preferência dos santanenses.



A necessidade de transformar o bloco em escola, para poder participar das competições oficiais em Macapá foi o que levou, no dia 3 de fevereiro de 1993, a transformação. A estréia nas disputas aconteceu no terceiro carnaval do Sambódromo, em 1999, sob o comando do presidente Rosivaldo Braga.

A Escola de Samba Império do Povo adotou como símbolo a figura de uma águia imperial, que consta de sua logomarca, e tem como cores oficiais o verde e o branco.




Após a primeira participação em 1999, apesar do grande desafio de trazer uma escola de samba de Santana, a pouca experiência carnavalesca de seus membros, o baixo poder aquisitivo demonstrado pela população, o que obriga a  comercialização das fantasias a preços populares para viabilizar a participação da comunidade, a dificuldades de transportar todos os componentes e alegorias, a Império do Povo conquistou seu primeiro título no Sambódromo no carnaval de 2008, depois de conquistar o coração e a confiança dos carnavalescos e da torcida amapaenses.

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

MACAPÁ, 260 ANOS DE HISTÓRIAS E CONQUISTAS





A cidade de Macapá, capital do Estado do Amapá, foi elevada à categoria de vila em 04/02/1758; transformado em município em 6 de setembro de 1856, pela Lei Estadual do Pará, nº 271. Capítal do Amapá, e primeiro municipio a ser criado.

O vocábulo Macapá é de origem tupi. E é uma variação de macapaba, que na língua dos índios quer dizer estância das macabas ou lugar de abundância da bacaba. Bacaba é um fruto gorduroso originário da bacabeira, palmeira nativa da região de onde se extrai um vinho de cor acinzentada, muito saboroso.





HISTÓRIA DO MUNICÍPIO



Antes do descobrimento do Brasil, em 1499, Américo Vespúcio, participando da expedição de Alonso de Hojeda – sob ordens dos reis católicos da Espanha Fernando e Isabel (Castela e Aragão) – percorreu o litoral amapaense, conforme carta-documento escrita por esse navegador, na qual narra o momento em que sua expedição atravessa a linha do equador, passando pelas ilhas da Caviana, dos Porcos e do Pará, em frente ao Município de Macapá, hoje capital do Estado do Amapá. Portanto, muito antes de ser oficializado o nome Macapá, Américo Vespúcio já havia passado em sua frente, através do rio Amazonas.

A história da cidade de São José de Macapá, remonta aos idos coloniais e está relacionada à defesa e fortificação das fronteiras do Brasil, bem como à preocupação em garantir a fixação do homem em terras brasileiras, assegurando, assim, a soberania de Portugal nas terras conquistadas.

No extremo norte do Brasil formou-se o primeiro núcleo de colonização (1738), após vários conflitos com os franceses de Caiena. Este núcleo pertencia a então província do Maranhão e Grão-Pará, cujo governador (João de Abreu castelo Branco) enviou destacamento militar para o local onde hoje se encontra a Fortaleza de São José de Macapá. Por falta de recursos financeiros, conservou o destacamento, sem, no entanto, procurar desenvolvê-lo. Mas alertou ao rei de Portugal sobre a urgência de implementação de povoamento e fortificação da foz do Amazonas. Francisco Pedro Gurjão, seu sucessor, reiterou essas reivindicações. Apesar disto, o único mérito de D. João V, foi o de haver em 1748, oficialmente denominado a região de Província dos Tucuju ou Tucujulândia, mantendo, portanto, inalterada sua condição administrativa.






No ano de 1751, o governador do Grão-Pará e Maranhão, Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do Marquês de Pombal – ministro de D. José I, continuou a colonização, trazendo algumas famílias (colonos) vindos das ilhas de Açores, com o objetivo de iniciar uma pequena povoação e construir barracos para servirem de alojamento aos soldados que viriam para cá. O povoado rapidamente progrediu, mas a insalubridade do local vem a ser um grave problema para os colonos. Em 1752 grassa no povoado uma epidemia de cólera. A notícia chegou à Belém em 7 de março daquele mesmo ano. Inesperadamente, Mendonça Furtado aporta na povoação, trazendo, além de medicamentos, o único médico que havia na capital e consegue controlar a moléstia. Constituem as origens do Amapá, portanto, esses colonos degredados de Portugal (bandidos, prostitutas, presos políticos etc, negros africanos ou oriundos da Bahia e do Rio de Janeiro, além dos índios que já habitavam o local).

Mas um fato triste veio determinar a colonização de Macapá: foi um grande terremoto ocorrido em 1755 na Europa, que ceifou a vida de milhares de lisbonenses e provocou um êxodo forçado da população. Assumindo o império português, o rei d. José I nomeia o Marquês de Pombal para a reconstrução de Lisboa.

Com plenos poderes, Pombal conseguiu frear esse êxodo, e empreendeu uma forte campanha de construção de cidades-fortificadas em suas colônias na África e no Novo Mundo, para que pudessem ser centralizadas todas as riquezas extraídas do local, que passaram a ser enviadas para a Europa, onde eram utilizadas tanto para a manutenção da população da capital portuguesa, assim como sua reconstrução. Assim, no extremo-norte do Brasil, começou o projeto de construção de fortificações, entre eles a Fortaleza de São José de Macapá (1758). Em 1761 inaugurava-se o mais antigo monumento da cidade de Macapá: a Igreja de São José de Macapá.






Foi o governador do Grão-Pará e Maranhão, Mendonça Furtado que elevou Macapá, antes povoado, à categoria de Vila de São José de Macapá, em 04 de fevereiro de 1758, na presença do povo tucujuense, precisamente na praça denominada de São Sebastião. Era necessário fortificar a Vila. O então governador do Grão-Pará e Maranhão, Fernando da Costa Ataíde Teive, autorizou, em 1764, a construção da Fortaleza de São José de Macapá. Em 19 de março de 1782, foi inaugurada a maior fortificação construída pelos portugueses no Brasil. A vila foi prosperando e se expandindo em volta do forte.

Era o ano de 1808. A Família Real chegara ao Brasil. D. João VI determina a integração da Fortaleza de São José de Macapá à fronteira do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em 7 de janeiro de 1835 eclode a Cabanagem, revolta armada encabeçada basicamente por humildes habitantes ribeirinhos que moravam em cabanas, daí o nome do movimento.

A notícia da eclosão desta revolta chega à Macapá, através do sub-comandante da Fortaleza de São José, Francisco Pereira Brito, que se encontrava em Belém. A cabanagem, sendo um movimento reformista composto por mestiços, não conseguiu a adesão dos macapaenses, descendentes de antigos colonos portugueses (não miscigenados). O temor da perda de privilégios os levou a formar uma frente de reação aos cabanos com o apoio das Vilas de Gurupá, Monte Alegre, Santarém e Cametá.




Providências militares foram tomadas para conter o avanço da região. Em Macapá, a defesa da Vila e seus domínios foi organizada pelo presidente da Câmara Municipal, Manoel Antônio Picanço, pelo Juiz de Direito Manoel Gonçalves de Azevedo, pelo Promotor Público Estevão José Picanço e pelos capitães Francisco Valente Barreto e José Joaquim Romão. Este último comandante da Fortaleza de São José.

A lua entre cabanos e tropas imperiais intensificava-se. Perseguidos no Baixo-Amazonas, os cabanos refugiaram-se no Município de Macapá, nas ilhas de Santana e Vieirinha, bem como na localidade de Furo de Beija-flor. Em 20 de dezembro de 1835, foram atacados por tropas macapaenses e mazaganenses e expulsos da região.

Somente no Segundo Reinado, através da lei provincial do Pará de nº 281, Macapá foi elevada à categoria de cidade, em 06 de setembro de 1856. No governo de Getúlio Vargas, através do Decreto-lei nº 5812, de 13 de setembro de 1943, foi criado o Território Federal do Amapá. A partir desta data o Amapá passou a ter governo próprio, embora nomeado pelo Governo Federal. Em 31 de maio de 1944, Macapá foi promovida à categoria de capital do Território, hoje Estado do Amapá.








Macapá é o Município mais importante do Estado do Amapá, pois configura a capital do Estado do Amapá. Além de ser a sede do governo e demais poderes que regem a administração, é o município mais estruturado, concentrando prédios de arquitetura moderna e monumentos históricos. Macapá é a única capital brasileira que está situada à margem esquerda do rio Amazonas e é cortada pela linha do equador.


A partir da transformação do Amapá em Estado, atendendo preceitos da Constituição de 1988, ocorreram substanciais mudanças em sua dinâmica espacial. O esgotamento das jazidas manganíferas, de fundamental importância para a economia do Estado, obrigou aos governos, tanto estaduais quanto federais, buscarem novas alternativas econômicas para o Amapá. O principal elemento dessa tomada de decisão foi a criação pelo Governo Federal, da área de livre comércio de Macapá e Santana em 1991.





Apesar da suspensão do Imposto de Importação (II) e do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre as mercadorias estrangeiras, que se constitui em grande perda na arrecadação do Estado, o setor terciário ainda é um dos maiores alavancadores da economia estadual, além de propiciar vantagens também no campo social, pois gera empregos para centenas de pessoas.

MARABAIXO: MAIS RESPEITO À NOSSA CULTURA

Mestres Julião Rams e Raimundo Ladislau O Marabaixo atualmente é a maior expressão cultural do nosso Estado, e em especial de nossa c...