Jornalista e escritor, Alcy
Araújo Cavalcante (Alcy Araújo) nasceu em Igarapé Açu-PA, em 7 de janeiro de 1924, e faleceu em Macapá
em 22 de abril de 1989. Diplomou-se em Artes Industriais pela Escola
Industrial de Belém (hoje Escola Técnica Federal), especializando-se em
marceneiro, torneiro, marcheteiro, polidor, empalhador e carpinteiro civil,
exercendo essas atividades até os 17 anos, quando deixa as fábricas e ingressa
no jornalismo. Como jornalista,
começando como revisor, galgou as funções de repórter, noticiarista, cronista,
redator e editorialista, nos jornais do Pará de 1941 a 1944: “Folha do Norte”,
“Folha Vespertina” e “O Imparcial”. De 1944 a 1947 trabalhou nos jornais “O Estado do Pará” e “Pará Ilustrado”. De
1947 a 1953 trabalha nos jornais “A Província do Pará”, “Vanguarda” e “O
Liberal”. Colaborou na revista literária
“Novidades”, fundada por Otávio Mendonça.
Teve seus trabalhos
publicados em suplementos literários ao lado de nomes famosos como Bruno de Menezes, Eymar Tavares, Georgenor
Franco, Rodrigues Pinagé e Ruy Guilherme Barata, e de poetas vanguardistas,
como Álvaro da Cunha, Fernando Tasso,
Leonam Cruz e outros. Chegou
ao Amapá em 1953, fixando residência, desenvolvendo intensa atividade
artística, cultural e jornalística, com artigos diários em jornais e emissoras
de rádio. Foi fundador da Associação Amapaense de Imprensa, e de
várias revistas literárias, tendo sempre uma facilidade extraordinária para
escrever artigos que eram publicados diariamente nos jornais e emissoras de
rádio. Usava vários pseudônimos para assinar suas matérias, sendo o mais
famoso, “Gatinho do Titio”.
Em 1953 casa com a professora Delzuite Carvalho, tendo quatro
filhos (Alcione, Alcinéa, Alcy Filho e Alcilene). Ele a conheceu em Belém, no
bairro do Telégrafo, quando começou o namoro, mas a jovem se transferiu para
Macapá e, para sua surpresa, no inicio de 1953, e se casam, tendo os
filhos Alcione, Alcinéa, Alcy Araújo
Filho, Alcilene. Em 1970 divorcia-se da professora Delzuite, e casa com Maridalva Rodrigues dos Santos, que lhe dá os
filhos Adtrid, Alice. Admitido a partir de 1953 no quadro dos funcionários do governo do
Amapá, com a função de redator do Gabinete do Governador, exercendo, em
seguida, vários cargos na administração pública. Trabalhou em quase todos os
jornais do Amapá, e por longos anos na Rádio Difusora de Macapá, chegando á
direção da emissora. Em 12 de maio 1960,é lançada no rio a obra Modernos Poetas
do Amapá, com poemas de Alcy Araújo Cavalcante. Em 3 de julho de 1965 lança a
obra AUTOGROGRAFIA (Crônicas) em Macapá.
Foi vencedor, em 1969, do I Festival Amapaense da Canção, com a
música “Canção Anti-Muro”, em parceria com Nonato Leal. Compôs vários sambas de
enredo para a Embaixada de Samba Cidade de Macapá, Maracatu da Favela e outras
escolas. Em 1970 divorcia-se da professora Delzuite, e casa-se com Maridalva
Rodrigues dos santos, nascendo as filhas Astrid, Aline, Aldina e Adriane.
Escreveu: Amapá 1968 (monografia); Amapá, Verde Território da Esperança
(crônica); Autogeografia (crônica e poesia); Jardim Clonal (poesia) e Poemas do
Homem do Cais (Poesia).. Em 18 de abril de 1989 publica seu ultimo texto:”Carta Aberta ao
Povo Amapaense”, publicada no jornal Amapá Estado depois da sua morte. Falece
em 22 de abril de 1989 , aos 65 anos.
Obras publicadas: AMAPÁ 1968 – monografia;
AMAPÁ, VERDE TERRITÓRIO DA ESPERANÇA – Poesias.
AUTOGEOGRAFIA – crônicas e poesias; AVE TERNURA (inédito) – crônicas e
poesias; CARTAS PRO ANJO (inédito) –
crônicas; HISTÓRIAS TRANQUILAS – contos;
JARDIM CLONAL – Poesia (obra
póstuma, publicada pela Associação Amapaense de Escritores em 1997). MUNDO PARTIDO – (inédito) poesia. POEMAS DO HOMEM DO CAIS – poesia; TEMPO DE ESPERANÇA (Inédito) – crônica
e poesia. TERRA MOLHADA (inédito) –
romance. TERRITÓRIO
FEDERAL DO AMAPÁ - monografia.
Participou
nas seguintes antologias: MODERNOS
POETAS DO AMAPÁ; COLETÂNEA AMAPAENSE DE POESIA E CRÔNICA, e INTRODUÇÃO À LITERATURA DO PARÁ (obra
da Academia Paraense de Letras). Sua biografia figura nas obras BRASIL E BRASILEIROS DE HOJE (enciclopédia);
GRANDE ENCICLOPÉDIA PORTUGUESA E
BRASILEIRA (editada em Lisboa).
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