Um
dos maiores lideres da comunidade negra do ex Território do Amapá, e
considerado um dos patriarcas do Marabaixo (e era exímio tocador de Caixa,
principal instrumento do Marabaizo. Nasceu em Macapá, em 9 de janeiro de
1890. Faleceu também em Macapá, em 25 de junho de 1958.Filho de Thomaz Agrávio Ramos e Felícia
Agrávio Ramos.
Estudou
na escola primária, o suficiente para ler e escrever. A residência de seus pais
ficava entre o barranco da atual Praça Euclides
Figueiredo e a então estreita Rua de
Trás, que já foi Independência, e hoje
tem o nome de Binga Uchoa.
Foi com ele que o governador Janary Nunes teve os primeiros entendimentos para transferência de famílias com seus barracos, para uma área mais distante, por tràs do “Poço do Mato”, que denominavam “Campos do Laguinho”. Houve reação inicial dos negros, em razão deles terem que se desfazer das árvores frutíferas e pequenas roças, mas o governo ofereceu uma gorda indenização, e o compromisso de construir casas confortáveis. Foi assim que surgiu o bairro do Laguinho.
Casou
com Januária Simplício Ramos, que
lhe deu seis filhos: Felícia Amália,
Alipio de Assunção, Apolinário Libório, Benedita Guilhermina e Joaquim
Miguel. Foi servidor público municipal, encarregado de zelar pelo Campo de
Aviação. Na cultura, formou com Raimundo Ladislau a dupla de maior
expressão do Maraaixo, tendo Raimundo Ladislau como compositor e
autor das letras e versos ladrões do marabaixo, e Julião Ramos como tocador de
caixa e “cantador”
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