A Base Aérea é um distrito pertencente ao municipio
de Amapá, localizado entre um pequeno porto fluvial chamado Cajuriro, no rio
Amapá Grande (leste); o rio da Rasa (norte) e a fazenda Santa Bárbara (a
oeste). Situa-se a 15 quilômetros da cidade de Amapá, constituindo-se em uma
das mais importantes localidades do municipio, em razão de abrigar o aeroporto
da cidade, pertencente em 1945 à Base Aérea, local este construído por
norte-americanos para abastecer aviões que iriam para combater as tropas do
eixo, na Segunda Guerra Mundial. Altitude: 13 metros. Fuso horário: segundo do
Brasil.
Tamanho da pista: 3 mil metros. Primeira nave a
pousar na Base Aérea: Fortaleza B-29, com a pista ainda não pavimentada,
carregando toneladas de bombas para serem armazenadas no paiol da Base Aérea.
HISTÓRICO
Os trabalhos de construção da Base Aerea de
Amapá tiveram inicio em 1941, em obediência ao decreto federal 3462, de 25 de
julho de 1941, autorizando a realização de operações de guerra em solo
brasileiro, e ao mesmo tempo autorizando a Panair do Brasil, na época uma
subsidiária da Pan American Airways, para iniciar as obras necessárias à construção
de campos de aviação no Norte e Nordeste do Brasil, e com a finalidade de
permitir a utilização de aeronaves de grande porte mediante as condições
impostas pelo governo norte-americano.
Baseada no artigo I desse decreto, a Panair do
Brasil construiu e aparelhou o Aeroporto de Amapá. O governo norte-americano
tinha também deves específicos, tais como: Realizar benfeitorias no aeroporto
da base, ampliando-o para além de mil metros.; b) preparar piso de modo a
suportar a compressão de grandes aeronaves, farol rotativo, luzes para
assinalar os limites dos aeroportos, holofotes para iluminar as pistas, e
usinas de emergencias para energia elétrica.
Todos
os projetos realizados na Base foram submetidos ao governo brasileiro. Entre esses
constavam plantas, orçamentos e especificações técnicas. Por sua vez, o
Ministério da Aeronáutica construiu os edifícios para aquartelamento dos
contingentes da Força Aérea Brasileira que passaram a operar nas bases de
Belém, Fortaleza, Recife e Salvador. Também foi de alçada da Aeronáutica a construção
de residências para alojar o pessoal militar não só da FAB, como também da
força aérea norte-americana.
A
desapropriação de terrenos e imóveis na área da Base Aérea, incluindo
benfeitorias, foi respaldada pelos decretos nº 14.431, de 31 de dezembro de
1943. Entre vários colonos, quem mais perdeu terras foi Assad Antonio Sfair,
que teve desapropriada uma área de 6,09 milhões de m2 “para fins de utilidade
publica”.
Entre outros feitos,
foram guarnições da marinha norte-americana que destruíram, na costa do Amapá,
vários submarinos alemães, entre eles o U-590 (em 9 de julho de 1943) e o U-662
(21 de julho). O U-590 foi comandado pelo 1º tenente Werner Kruel, que antes já
havia torpedeado um submarino americano no dia 4 de julho, perto de Belém.
Quanto ao
U-662, este foi destruído no momento em que a aproximação do comboio T-F 2, que
já havia perdido a posição de lançamento no dia 19. Assim, perseguindo vários
mercantes brasileiros, foi avistado por um avião do Exército americano, no
exato momento em que mergulhava. Dado o alarme, saiu o avião AP-94, da Base Aérea
de Amapá, trocando tiros com o U-662. Aparece o avião americano PYB e, juntos,
destroem o submarino que estava a cem milhas do local.
Em 13 de
outubro de 1951 têm inicio as obras da rodovia que liga a Base Aérea de Amapá
ao município de Calçoene, pela Construtora Carmo Ltda, sob a supervisão do empreiteiro
Walter do Carmo.
CONSIDERAÇÕES
ATUAIS
A
Base Aérea está situada a 9 quilômetros da cidade de Amapá, e
constitui-se em uma das mais importantes localidades do município, devido na
mesma estar localizado o aeroporto da cidade de Amapá. A população da Base Aérea
atualmente é de 140 habitantes. A quase totalidade da mão-de-obra da Base Aérea
encontra-se na atividade da agricultura. A agricultura é a base da economia
local, destacando-se a cultura da mandioca, para o preparo exclusivamente da
farinha. Podem-se citar ainda alguns cultivos em pequena escola, como milho,
batata roxa, abacaxi e banana.
O
estado físico do prédio destinado à educação da população da Base Aérea é
excelente, possuindo duas salas de aula, dois quartos para professor, uma
cozinha, um banheiro com sanitária, uma sala para funcionar a secretaria da
escola, um depósito e uma área de estar pertencente à dependência do professor.
O material permanente existente, é insuficiente, porém, para atender o bom
funcionamento da escola. Existe atualmente em média 30 alunos estudando de 1ª à
quarta séries. A merenda escolar é distribuída regularmente pelo Governo do
Estado. A localidade possui um posto médico com instalações físicas regulares.O
material permanente existente é bastante precário. O fornecimento de
medicamentos é irregular. Existe uma pessoa com treinamento básico em primeiros
socorros para tender às pessoas que procuram o serviço de saúde.
O
sistema de transporte regular da Base Aérea é o mesmo utilizado pela sede
municipal, devido as empresas de ônibus que servem o município, que se deslocam
para Calçoene e Oiapoque, utilizarem o ramal aonde está localizada a referida
comunidade, que liga a sede do município com a BR-156. Ainda existe transporte
mantido pela prefeitura, para transportar alunos que residem na Base Aérea, e
que estudam na cidade de Amapá. O sistema habitacional da Base Aérea está
localizado na quase totalidade dentro da área pertencente ao Ministério da
Aeronáutica. As habitações são compostas de palafitas e edificações em
alvenaria do referido ministério.
A
instalação do sistema de abastecimento de água da Base Aérea é em média 25% das
habitações, que se utilizam de poços tipo amazônicos. Vale ressaltar que 95%
das habitações possui energia elétrica originária da cidade de Amapá.
Eu nasci no posto médico da Base em 20 de dezembro de 1957, acho que pela mão de uma pessoa conhecida como Chico enfermeiro. Minha era a Professora Maria Iracema Maciel Santos e meu Pai era Benedito Simplício dos Santos.
ResponderExcluirMe lembro do Chico Enfermeiro. Eu nasci em Calçoene-AP, e meu pai se chamava Raimundo Cardoso Rodrigues, mais conhecido por Badico. Ele passou um periodo em Amapá e Calçoene, de 1955 a 1957. Em dezembro de 1955 eu nasci. Vim aos 2 anos e meio para Macapá, e o Chico Enfermeiro, amigo da familia, sempre nos visitava, quando morávamos na Avenida Presidente Vargas, entre S. José e Candido Mendes. Foram bons tempos. Obrigado pelo comentário.
Excluir