terça-feira, 29 de agosto de 2017

PRESENÇA DOS FRADES CAPUCHINHOS NO AMAPÁ



A ordem dos Frades Menores Capuchinhos é um movimento franciscano reformista, iniciado em abril (ou maio) de 1525. Os pioneiros, freu Mateus de Bascio e os irmãos Tenaglia, frei Ludovico e frei Rafael de Fossombrone, foram considerados apóstatas pelo documento papal de 8 de março de 1526. Porém, contaram com a acolhida dos camaldulenses e o apoio de Catarina Cybo, duquesa de Camerino e sobrinha do papa Clemente VII. Assim, no dia 18 de maio de 1526, os três frades receberam autorização papal para viverem de forma eremitica nos arredores de Camerino (Italia).

            Ato continuo, publicaram o manifesto Liberdade para observar a Regra.  Logo juntou-se ao grupo o quarto frade observante, frei Paulo de Chioggia. Em seguida, com simplicidade, traçaram os elementos básicos da reforma.

            Estes pobres frades causavam admiração, encanto e benevolência por viverem na pobreza e austeridade, na solidão contemplativa e presença solidária nas necessidades socials, por sua pregação feita com simplicidade e entusiasmo na linguagem popular, por seu hábito simples e estilo bem traçado, pelo afastamento do mundo e vida eremítica. Apenas a Regra, o Breviário, a disciplina, o rosário e o lanço eram objetos de uso particular. Por estes traços, logo foram chamados os frades do povo.

            Em torno de 1580, os Capuchinhos, somente na Itália, eram 3.500 frades, vivendo em 300 conventos e divididos em 18 provincias. Em 2002, são 11 mil frades, organizados em 83 provincias e oito vice-provincias. No Brasil são 10 provincias, duas vice-provinicias e uma custódia, totalizando aproximadamente 1.100 frades.

            Quem é o frade menor capuchinho? Frade quer dizer irmão, aquele que vive a fraternidade e em fraternidade. Por isso isso, é o irmão que vive sem nada de próprio mas, reparte o saber, os dons, os bens, o afeto e o apoio em fraternidade. Capuchinho é o nome popular devido ao capuz pequeno e longo em forma de cone que os frades trazem incorporado à túnica.



            Ação no Amapá

            Em 24 de fevereiro de 1686, o rei D. Pedro II (de Portugal) ordena ao governador do Pará e Maranhão, que ele envie os frades capuchinhos que estão no Pará, a buscar amizade com os indios Tucuju, da região do atual Amapá. Em 24 de março de 1688, o rei escreve a Arthur Sá e Menezes, no governo do Pará, proibindo qualquer alteração na repartição das aldeias do Cabo do Norte entre os padres jesuitas e capuchinhos, feita pelo seu antecessor, Gomes Freire de Andrade.

            Em 12 de abril de 1693, através de carta-régia, o ri de Portugal confia aos capuchinhos a evangelização das terras do Cabo do Norte, situadas à margem esquerda (terras do Amapá) do rio Amazonas, desde o Cabo do Norte até o rio paru (nos limites de Almeirim, no Pará).


            Atualmente existem religiosos capuchinhos na capital do Estado. Eles têm um seminário que fica situado ao lado do Hospital São Camilo (Igreja de Santo Antonio).

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