A ordem dos Frades Menores Capuchinhos é um movimento
franciscano reformista, iniciado em abril (ou maio) de 1525. Os pioneiros, freu
Mateus de Bascio e os irmãos Tenaglia, frei Ludovico e frei Rafael de
Fossombrone, foram considerados apóstatas pelo documento papal de 8 de março de
1526. Porém, contaram com a acolhida dos camaldulenses e o apoio de Catarina
Cybo, duquesa de Camerino e sobrinha do papa Clemente VII. Assim, no dia 18 de
maio de 1526, os três frades receberam autorização papal para viverem de forma
eremitica nos arredores de Camerino (Italia).
Ato
continuo, publicaram o manifesto Liberdade
para observar a Regra. Logo
juntou-se ao grupo o quarto frade observante, frei Paulo de Chioggia. Em
seguida, com simplicidade, traçaram os elementos básicos da reforma.
Estes
pobres frades causavam admiração, encanto e benevolência por viverem na pobreza
e austeridade, na solidão contemplativa e presença solidária nas necessidades
socials, por sua pregação feita com simplicidade e entusiasmo na linguagem
popular, por seu hábito simples e estilo bem traçado, pelo afastamento do mundo
e vida eremítica. Apenas a Regra, o Breviário, a disciplina, o rosário e o
lanço eram objetos de uso particular. Por estes traços, logo foram chamados os
frades do povo.
Em torno de
1580, os Capuchinhos, somente na Itália, eram 3.500 frades, vivendo em 300
conventos e divididos em 18 provincias. Em 2002, são 11 mil frades, organizados
em 83 provincias e oito vice-provincias. No Brasil são 10 provincias, duas
vice-provinicias e uma custódia, totalizando aproximadamente 1.100 frades.
Quem é o
frade menor capuchinho? Frade quer dizer irmão, aquele que vive a fraternidade
e em fraternidade. Por isso isso, é o irmão que vive sem nada de próprio mas,
reparte o saber, os dons, os bens, o afeto e o apoio em fraternidade.
Capuchinho é o nome popular devido ao capuz pequeno e longo em forma de cone
que os frades trazem incorporado à túnica.
Ação no Amapá
Em 24 de fevereiro de 1686, o rei D. Pedro II (de Portugal)
ordena ao governador do Pará e Maranhão, que ele envie os frades capuchinhos
que estão no Pará, a buscar amizade com os indios Tucuju, da região do atual
Amapá. Em 24 de março de 1688, o rei escreve a Arthur Sá e Menezes, no governo
do Pará, proibindo qualquer alteração na repartição das aldeias do Cabo do
Norte entre os padres jesuitas e capuchinhos, feita pelo seu antecessor, Gomes
Freire de Andrade.
Em 12 de
abril de 1693, através de carta-régia, o ri de Portugal confia aos capuchinhos
a evangelização das terras do Cabo do Norte, situadas à margem esquerda (terras
do Amapá) do rio Amazonas, desde o Cabo do Norte até o rio paru (nos limites de
Almeirim, no Pará).
Atualmente
existem religiosos capuchinhos na capital do Estado. Eles têm um seminário que
fica situado ao lado do Hospital São Camilo (Igreja de Santo Antonio).
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