Sua origem remonta à
Biblioteca que foi instalada em uma casa particular com um acervo doado pelo
Dr. Acylino de Leão (1888-1950), médico,
político e acadêmico da APL e outras obras referentes ao Estado do Amapá. Esta
casa ficava na Rua Mário Cruz, ao lado da Intendência de Macapá, hoje
transformada em Museu Histórico Joaquim Caetano da Silva. Isto quando o Amapá
pertencia ao Estado do Pará. Com a transformação do Amapá em território, uma
das preocupações do 1º governador, Cap. Janary Gentil Nunes, foi transferir
este acervo existente para um local mais adequado, onde a comunidade pudesse
ter melhor conforto em suas pesquisas e leituras.
Em 1950 foi
transferida para um prédio construído especificamente para esse fim, em frente
à Escola Normal de Macapá (IETA). Com o aumento considerável do acervo e
havendo necessidade de outro prédio, em 1971 o governo do Gal. Ivanhoé Martins,
decidiu que a biblioteca passasse a funcionar na Rua São José, esquina com a
Av. Mendonça Furtado, seu endereço atual.Em 1992, a Biblioteca passou por reformas e
adaptações, sendo reinaugurada em 10 de junho de 1994. Nesses dois anos ela
funcionou no prédio da COBAL (hoje SEBRAE) e através da Lei nº0269 de 12 de
Junho de 1996, a Biblioteca foi personalizada com o nome de Biblioteca Pública
Estadual Elcy Lacerda, homenagem feita à Professora Elcy que tanto engrandeceu
o Amapá no Brasil e no mundo. E, coincidentemente, Elcy nasceu no dia 20 de
Abril de 1945.
Entre o final de 2009 e até o dia 27 de abril
de 2012, a Biblioteca ficou fechada para reformas e adaptações. Reabriu, e foi reinaugurada pelo Governo do
Amapá.
A BIBLIOTECA HOJE
A Biblioteca Pública
Estadual Elcy Lacerda tem prestado relevante auxílio à pesquisa da comunidade
amapaense, principalmente aos estudantes, através de suas salas de referências.
Também auxilia tecnicamente e materialmente as Bibliotecas Municipais, buscando
organizar um sistema de rede entre as Bibliotecas do nosso Estado. Dispondo de
um acervo em cerca de 60 mil itens (dentre livros, jornais, revistas, Cds e
Dvds) distribuídos em várias salas: Ensino Fundamental, Infanto-juvenil, Acesso
à Internet, Auditório multiuso, Sala Elcy Lacerda, Sala Afro-indígena, Sala do
Ensino Médio e Superior, Sala Amapaense, Sala de Periódicos, Sala de Obras
raras – acervo dos jornais mais antigos do AP, Sala de Braile e audioteca, Sala
Circulante e Galeria Alcy Araújo, que abriga a Associação Amapaense de Folclore
e Cultura Popular.
Destaca-se
a importância educacional e cultural da Biblioteca Pública como um centro de
referência aos pesquisadores, que nela encontram diversos tipos de suporte para
que desenvolvam trabalhos, principalmente monografias, teses e trabalhos
escolares. Ponto de encontro de escritores que realizam os lançamentos de suas
obras expõem, seus trabalhos e realizam
palestras com estudantes e professores, a Biblioteca também dispõe de um grupo
de teatro, constituído por servidores que trabalham peças da Literatura
Infantil- principalmente Monteiro Lobato. Esse grupo também conta histórias e
realiza apresentações na própria Biblioteca e nas escolas, inclusive em
Municípios do interior. Os servidores da Biblioteca são treinados para prestar
toda a orientação aos usuários, orientam as pesquisas, indicam bibliografia e
esclarecem dúvidas.
Vinculada
à Secretaria de Estado e Cultura, em parceria com a Secretaria de Estado da
Educação, a Biblioteca tem sido um órgão que ao longo da história vem
desenvolvendo um trabalho que colabora sobremaneira para que o nosso Estado
preserve sua cultura. Ela é a guardiã de um rico acervo de obras raras, de
clássicos da Literatura Brasileira e Universal, coleções de periódicos como o
“Jornal Amapá” (primeiro diário oficial do Território), exemplares do jornal
“Pinzônia”, e da Biblioteca particular e objetos pessoais da professora Elcy
Lacerda.
Alguns
dos ex-diretores e gerentes: Lauro Chaves – Professor, Déa Rola – Bibliotecária,
Bernadete Rodrigues – Bibliotecária, Amaparino Gemaque – Bibliotecário; Cristina
Sabóia – Bibliotecária; Ângela Nunes – Professora; Cristina Dias –
Bibliotecária; Paulo Tarso Barros – Professor e escritor; Tânia Mello –
Professora; Ricardo Pontes – Professor; José Pastana – Professor; Lulih
Rojanski - Escritora e professora. Atualmente (2019) o gerente é o proressor
José Pastana.
COMO FUNCIONA A BIBLIOTECA
A
Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda, fundada em abril de 1945, sempre
trabalhou na divulgação do livro e da leitura e contou com a presença de
professores, bibliotecários, pedagogos, mediadores de leitura, artistas e
outros profissionais da Educação.
A
Biblioteca esteve subordinada à Secretaria de Educação - Seed durante muitos
anos e tem a tradição de atender prioritariamente, e de forma contínua,
estudantes da rede pública e da rede particular. Por isso, a Seed sempre foi a
principal fornecedora da mão de obra qualificada e devidamente treinada para
dar suporte aos trabalhos educacionais e pedagógicos desenvolvidos pela
instituição, além de mantenedora do mobiliário, equipamentos eletrônicos,
estantes e demais utensílios existentes na instituição, mesmo depois que a
biblioteca passou a ser vinculada à Secretaria de Cultura (Secult) em virtude
do Sistema Nacional de Cultura. Os professores e pedagogos são distribuídos nos
espaços da Biblioteca, que funciona ininterruptamente de segunda a sexta-feira,
das 8:00h às 18:00h, inclusive no período de férias escolares, pois os
professores lotados na instituição têm regime diferenciado de férias e, quando
necessário, aos finais de semana, quando há eventos ou ações educativas e
culturais, dando apoio e suporte às atividades das escolas.
São
estes os principais espaços da Biblioteca:
SALA CIRCULANTE
A
Sala Circulante dispõe de um acervo de aproximadamente 10 mil obras, a maioria
de cunho literário, dos principais autores nacionais e estrangeiros nos gêneros
romances, contos, crônicas, poemas, teatro, biografias, infanto-juvenil e
religião. O público-alvo se constitui principalmente de estudantes da rede
pública e da rede privada, professores, leitores da comunidade (cerca de 2 mil
leitores cadastrados) e autores locais.
Os
estudantes buscam conhecer as obras literárias e são orientados pelos
professores na escolha da mesma, recebem informações sobre os autores e
contexto histórico das obras para a produção de trabalhos escolares,
interpretação de textos e como são trabalhados dentro do Enem, bem como
sugestões de leitura de paradidáticos e material virtual na internet.
SALA DO ENSINO MÉDIO E
SUPERIOR
A Sala do Ensino Médio e
Superior dispõe de um acervo de aproximadamente 15 mil obras, dentre
dicionários, enciclopédias, língua portuguesa e estrangeira, filosofia,
ciências, matemática, direito, medicina e enfermagem, psicologia, filosofia,
literatura, religião, geografia, designer, arquitetura e urbanismo, informática,
artes em geral e livros didáticos diversos.
O
público-alvo se constitui primordialmente de estudantes das redes pública e
privada, concurseiros, candidatos ao Enem e professores que buscam obras de
referência e especializadas em suas respectivas áreas.
Os professores fazem um atendimento
personalizado a cada usuário que busca informações, orientando, dirimindo
dúvidas, esclarecendo, sugerindo e disponibilizando novos materiais de pesquisa
de acordo com o assunto a ser estudado. Além disso, é feito constantemente a
catalogação, a disposição das obras para que o estudante seja atendido o mais
rápido possível.
SALA DE OBRAS RARAS
A Sala de Obras raras se
constitui em um verdadeiro tesouro histórico e literário do Amapá. Nela estão
os primeiros jornais publicados no Amapá, desde 1895 (Pinzônia), o Jornal Amapá
(1944 em diante) e outros jornais e publicações que são disponibilizados para
os estudantes, professores, pesquisadores, historiadores e demais interessados.
Os
professores são treinados e capacitados para manusear e colocar à disposição
dos estudantes e pesquisadores esse acervo especial, cuja manutenção requer
cuidados extremos para evitar danos e os perigos à saúde, pois são publicações
antigas.
SALA DE PERIÓDICOS
Na Sala de Periódicos ficam
os jornais publicados no Amapá nos
últimos 15 anos (posteriormente, são realocados nas Obras raras), revistas
nacionais e estrangeiras, boletins e outras publicações que são postas à
disposição do público, principalmente os estudantes e professores que buscam
nesses periódicos um complemento importante para seus estudos e pesquisas
através das matérias, artigos, fotografias e reportagens.
SALA INFANTO-JUVENIL
Na Sala Infanto-Juvenil
encontra-se um variado acervo de obras destinadas a esse público, que se
constitui num dos principais focos de atendimento da equipe de professores da
Biblioteca Pública Estadual Elcy Lacerda. Num ambiente decorado e atrativo para crianças
e adolescentes, a Sala oferece várias atividades lúdicas e educativas. Mas o
carro-chefe desse projeto é o Grupo de Professores Contadores de Histórias, que
atua há mais de 25 anos desenvolvendo centenas de apresentações nas escolas de
Macapá, Santana e até de outros municípios, bem como no auditório da
Biblioteca, semanalmente, com a presença de uma ou duas escolas que participam
ativamente das atividades pedagógicas através do teatro (inclusive de
fantoches), dança, cantigas, músicas, etc.
SALA AMAPAENSE E DA AMAZÔNIA
A Sala Amapaense é um
projeto pedagógico, educacional e cultural, que prioriza os autores do Amapá e
da Amazônia e tem tudo a ver com a nossa realidade. Os professores recebem
centenas de alunos que desejam conhecer as obras literárias, orientam suas
pesquisas, expõem seus livros, poemas, biografias, fotos - além de trazer os autores locais para
debater e interagir com alunos e professores em palestras, oficinas, sessões de
autógrafos e outros eventos culturais.
A Sala Amapaense dispõe de
um vasto acervo de aproximadamente 2 mil obras para atender à crescente demanda
das escolas da rede pública estadual, da Ueap, Unifap e outras universidades
que estudam os autores locais.
SALA AFRO-INDÍGENA
Novo espaço que existe há 4
anos e que reúne obras que atendem à crescente demanda de literatura
especializada nas duas etnias tão importantes para o Estado do Amapá. Nela, os
alunos recebem informações de profissionais sobre os povos indígenas, línguas,
cultura, tradições e conhecem peças utilizadas pelos indígenas. Vasta
bibliografia sobre marabaixo, batuque, história da África e cultura afro são
disponibilizadas nessa sala.
SALA
JOSEFA LAU DE CULTURA POPULAR
Uma parceria entre a
Biblioteca Pública e o ponto de cultura da Associação Amapaense de Folclore e
Cultura Popular tem um excelente acervo de fotografias, livros, vídeos e
monografias sobre a cultura popular e folclore de todos os municípios do
Estado, cujo trabalho vem sendo desenvolvido, na pesquisa, coleta e
sistematização entre os professores da Biblioteca e a Associação.
SALA DE BRAILE E ÁUDIO
VÍDEOS
Espaço em que são
disponibilizados centenas de obras em Braile, Cds, Dvds destinados aos
deficiente visuais que encontram nesse ambiente material literário e de
referência para estudos, pesquisas e entretenimento.
GALERIA
ALCY ARAÚJO
Espaço destinado a eventos
artísticos, culturais e educativos, como lançamentos de livros, exposições,
cinema, teatro, mini-cursos, oficinas, artesanato, música, dança, contação de
histórias, saraus etc.
PROCESSAMENTO TÉCNICO
É a sala que recebe todas as
publicações destinadas à Biblioteca. Nela trabalham o bibliotecário e outros
profissionais que selecionam, classificam, catalogam, distribuem e fazem também
a doação de obras para as Bibliotecas escolares e comunitárias do Amapá, pois a
Biblioteca Elcy Lacerda faz parte do Sistema Nacional de Biblioteca Públicas,
vinculado à Fundação Biblioteca Nacional, e coordena as demais bibliotecas
públicas do Amapá.
OUTROS
SERVIÇOS PRESTADOS PELA BIBLIOTECA
Na Biblioteca Pública há um Serviço
de Informações e Orientações sobre o registro de obras intelectuais, para
escritores, poetas e compositores que desejam registrar seus trabalhos na
Fundação Biblioteca Nacional, através do Escritório de Direitos Autorais.
No
Auditório da Biblioteca, são realizados cursos, oficinas, lançamentos de
livros, peças teatrais, recitais, reuniões e outros eventos. Os interessados
devem agendar com a gerência e solicitar a cessão do auditório encaminhando
ofício.